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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
São Paulo - O Índice Nacional de Custo da Construção-M (INCC-M), calculada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou variação de 0,62% em julho, taxa abaixo da verificada no mês anterior (1,77%). No acumulado do ano a variação é de 5,95% e nos últimos 12 meses de 6,57%. Segundo a coordenadora de projetos da (FGV/Ibre), Ana Maria Castelo, o que chama atenção no resultado deste mês é o fato da desaceleração ter ocorrido em todos os componentes da cesta.
De acordo com os dados, o grupo materiais, equipamentos e serviços teve variação de 0,48%, enquanto no mês anterior foi de 1,02%. A mão de obra variou 0,77% em julho e 2,59% em junho. A taxa de serviços passou de 0,92% para 0,27%. "A desaceleração da mão de obra era esperada porque no mês anterior o índice deu um salto por conta dos efeitos do acordo coletivo de São Paulo, que tem o maior peso entre as capitais, e Rio de Janeiro", disse.
Segundo Ana Castelo, na cesta que compõe materiais e equipamentos, observa-se que o recuo foi acentuado em boa parte dos itens, exceto no de materiais de acabamento que passou de 0,38% para 0,30%. Ela destacou ainda os aumentos em instalação hidráulica (de 0,16% para 0,19%) e esquadrias e ferragens (de 0,02% para 0,58%).
"Os aumentos da cesta de materiais têm sido pontuais, alguns materiais que em determinado período vem puxando o aumento. Não estamos observando por enquanto uma disseminação, um movimento generalizado de aceleração na cesta de materiais. Provavelmente a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) esteja contribuindo para isso", afirmou.