FGV: alimentos puxam inflação pelo IPC-S em SP
Rio - Os alimentos in natura puxaram a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) em São Paulo, que passou de 0,81% para 0,87% entre a primeira e a segunda quadrissemana de março. Segundo informou hoje o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz, as fortes chuvas no mês têm […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Rio - Os alimentos in natura puxaram a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) em São Paulo, que passou de 0,81% para 0,87% entre a primeira e a segunda quadrissemana de março. Segundo informou hoje o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz, as fortes chuvas no mês têm prejudicado a produção dos alimentos in natura e, com isso, reduzido a oferta no mercado.
Entre os aumentos, o destaque vai para hortaliças e legumes, cuja taxa de inflação saiu de 6,85% para 9,20% no período. Um dos produtos mais afetados foi o tomate, cuja taxa de elevação de preços saltou de 31,44% para 45,72%. "Somente o tomate respondeu por um terço da variação de preços de hortaliças e legumes no período", afirmou Braz. Isso elevou a inflação dos alimentos na capital paulista, de 1,91% para 2,33%.
Braz comentou ainda que os aumentos nos preços dos alimentos não estão concentrados apenas nos itens in natura. Houve intensificação nas taxas de inflação de leite tipo longa vida (de 3,85% para 5,29%), ovos de galinha (de 2,31% para 2,86%) e filé de peixe (de 1,73% para 3,36%).
Ao contrário das elevações nos itens in natura, os aumentos de preços nestes tipos de alimentos não são passageiros. "Os preços destes alimentos que não são in natura podem continuar a subir ao longo de março", disse. Tendo em vista este cenário, o economista não prevê um retorno à desaceleração de preços na inflação do varejo na capital paulista, no curto prazo. "Acho que o IPC-S na cidade vai continuar subindo e deve terminar o mês no patamar de 0,80%", afirmou.