Economia

Feriados de 2010 custarão R$ 850 milhões à indústria de SP

Segundo pesquisa da Fiesp, a cada pausa, há um aumento médio de 2,2% no custo dos produtos

Enquanto as praias lotam nos feriados, fábricas vazias dão prejuízos à indústria de SP

Enquanto as praias lotam nos feriados, fábricas vazias dão prejuízos à indústria de SP

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2011 às 20h20.

São Paulo - Enquanto a maior parte dos trabalhadores aguarda ansiosamente para fazer a festa durante a folga desta quinta-feira (3/6), a indústria de São Paulo já prevê os efeitos da ressaca. Uma pesquisa feita pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) mostra que o feriado de Corpus Christi, junto com os outros 13 de 2010, custarão ao setor industrial paulista 850 milhões de reais.

A cada feriado, 59% das empresas interrompem as atividades e acomodam a produção em dias úteis. Quase um terço das companhias compensam a folga com horas extras e apenas 10% seguem trabalhando direto.

Em média, há uma alta de 2,2% no custo dos produtos em cada uma dessas datas, o que representa um prejuízo diário de 60,7 milhões de reais. Como 2010 tem 14 feriados, o custo total calculado pela Fiesp é de 850 milhões de reais. 

Nas empresas que interrompem suas atividades e acomodam a produção no horário normal, o aumento é um pouco menor, de 1,7%. Já para as que pagam horas extras para recuperar os níveis normais, o custo é bem maior: 3,2%. As empresas que trabalham direto têm um aumento de 2,4%.

A pesquisa da Fiesp, que ouviu 478 empresas, mostra ainda que, apesar deste prejuízo, apenas 28% não costumam estender a folga dos trabalhadores nos casos de feriados com pontes. No caso dos outros 72%, a ponte é feita, mas as empresas adotam algum tipo de compensação, como um trabalho extra não remunerado.

Veja a como a decisão de interromper o trabalho nos feriados muda conforme o porte da empresa:

Como a empresa lida com o feriado Pequenas empresas Empresas médias Empresas grandes Total
Interrompe e faz hora extra 34% 25% 21% 31%
Interrompe e acomoda a produção 61% 58% 38% 59%
Não interrompe 10% 5% 17% 10%

Fonte: Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
Fonte: EXAME.com

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