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Fed reitera previsão de desemprego e pede pacto fiscal

Ben Bernanke advertiu, no entanto, que os legisladores devem levar em conta o caráter moderado da recuperação econômica

Ben Bernanke: "'Precisamos de um plano a longo prazo para devolver a dívida dos EUA a um caminho sustentável" (Mark Wilson/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2012 às 19h35.

Washington - O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, pediu nesta terça-feira ao Senado que aja para devolver o déficit dos Estados Unidos a um caminho sustentável e reiterou as previsões de crescimento moderado e desemprego elevado para a economia do país.

'Precisamos de um plano a longo prazo para devolver a dívida dos EUA a um caminho sustentável (...). As taxas de juros serão elevadas rapidamente se os investidores perderem confiança na capacidade do governo em conduzir sua política fiscal', indicou Bernanke ao Comitê de Orçamento do Senado.

Ele advertiu, no entanto, que os legisladores devem levar em conta o caráter moderado da recuperação econômica, referindo-se aos possíveis efeitos adversos de um plano de redução do déficit agressivo demais.

O déficit fiscal dos EUA será de US$ 1,1 trilhão ao fim do ano fiscal 2012, o que representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e significará o quarto ano consecutivo em que o déficit americano supera a barreira simbólica de US$ 1 trilhão, segundo o Escritório Orçamentário do Congresso (CBO).

No último ano, democratas e republicanos se mostraram incapazes de obter um acordo no Congresso para elaborar um plano conjunto de redução de déficit.


Bernanke se manteve cauteloso, apesar de ser esse seu primeiro discurso desde o anúncio da semana passada sobre o dado positivo da redução da taxa de desemprego, que ficou em 8,3%.

As estimativas do Fed indicam que o crescimento americano ainda seja 'moderado nos próximos dois anos' para conseguir uma 'notável' redução da taxa de desemprego, declarou Bernanke. Por isso, ele reafirmou sua prudência ao comentar o dado de 8,3%, já que, em sua opinião, 'sem dúvida subestima a fraqueza do mercado de trabalho em sentido amplo'.

'Ainda temos um longo caminho pela frente para poder dizer que o mercado de trabalho opera de maneira normal', acrescentou.

Como lastros da recuperação, o presidente do Fed destacou o pessimismo dos consumidores, tradicional motor econômico dos EUA, e considerou o mercado imobiliário ainda deprimido.

Ele defendeu a política de baixas taxas de juros nos EUA, que se encontram entre 0% e 0,25% desde dezembro de 2008, e ressaltou que as pressões inflacionárias permanecem controladas abaixo da meta de 2%. 'Não permitiremos inflação elevada para fomentar o emprego'.

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'Precisamos de um plano a longo prazo para devolver a dívida dos EUA a um caminho sustentável (...). As taxas de juros serão elevadas rapidamente se os investidores perderem confiança na capacidade do governo em conduzir sua política fiscal', indicou Bernanke ao Comitê de Orçamento do Senado.

Ele advertiu, no entanto, que os legisladores devem levar em conta o caráter moderado da recuperação econômica, referindo-se aos possíveis efeitos adversos de um plano de redução do déficit agressivo demais.

O déficit fiscal dos EUA será de US$ 1,1 trilhão ao fim do ano fiscal 2012, o que representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e significará o quarto ano consecutivo em que o déficit americano supera a barreira simbólica de US$ 1 trilhão, segundo o Escritório Orçamentário do Congresso (CBO).

No último ano, democratas e republicanos se mostraram incapazes de obter um acordo no Congresso para elaborar um plano conjunto de redução de déficit.


Bernanke se manteve cauteloso, apesar de ser esse seu primeiro discurso desde o anúncio da semana passada sobre o dado positivo da redução da taxa de desemprego, que ficou em 8,3%.

As estimativas do Fed indicam que o crescimento americano ainda seja 'moderado nos próximos dois anos' para conseguir uma 'notável' redução da taxa de desemprego, declarou Bernanke. Por isso, ele reafirmou sua prudência ao comentar o dado de 8,3%, já que, em sua opinião, 'sem dúvida subestima a fraqueza do mercado de trabalho em sentido amplo'.

'Ainda temos um longo caminho pela frente para poder dizer que o mercado de trabalho opera de maneira normal', acrescentou.

Como lastros da recuperação, o presidente do Fed destacou o pessimismo dos consumidores, tradicional motor econômico dos EUA, e considerou o mercado imobiliário ainda deprimido.

Ele defendeu a política de baixas taxas de juros nos EUA, que se encontram entre 0% e 0,25% desde dezembro de 2008, e ressaltou que as pressões inflacionárias permanecem controladas abaixo da meta de 2%. 'Não permitiremos inflação elevada para fomentar o emprego'.

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