Economia

Fed deve iniciar aumento de juros no 2º tri de 2015, diz S&P

Economista-chefe da agência, Beth Ann Bovino, frisou que movimento deve ser gradual e pode ser antecipado se economia americana se fortalecer significativamente


	Federal Reserve: para economista da S&P, recuperação econômica dos EUA ainda enfrenta desafios
 (Karen Bleier/AFP)

Federal Reserve: para economista da S&P, recuperação econômica dos EUA ainda enfrenta desafios (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2014 às 16h51.

São Paulo - O Federal Reserve deve iniciar o aumento das taxas de juros no segundo trimestre de 2015, segundo a economista-chefe para os EUA da agência de classificação de risco Standard & Poor's, Beth Ann Bovino.

Em conferência online da S&P, a economista frisou que o movimento deve ser gradual e pode ser antecipado se a economia americana se fortalecer significativamente.

"É difícil saber o que o Fed vai fazer. Eles estão tirando o pé do acelerador, mas ainda estão dirigindo", afirmou, lembrando que o banco central ainda expande seu balanço patrimonial com compras mensais de ativos.

Beth Ann acrescentou que os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) querem se aproximar de uma política monetária mais tradicional de taxa de juros e diretrizes futuras, afastando-se da política ligada ao balanço patrimonial.

Para a economista, a recuperação econômica dos EUA ainda enfrenta desafios, como a desaceleração das exportações, a diminuição de estímulos monetários do Fed e o fato de as pessoas estarem deixando o mercado de trabalho.

O mercado imobiliário e o aumento dos gastos dos consumidores, por outro lado, foram apontados como pontos de otimismo.

Sobre a contração de 1,0% do Produto Interno Bruto (PIB) americano no primeiro trimestre do ano, Beth Ann apontou que grande parte da responsabilidade pelo desempenho ruim da economia foi da "mãe natureza" e que a S&P prevê uma retomada da atividade nos próximos trimestres.

Beth Ann lidera um ranking de acertos feito pelo Wall Street Journal com todos os economistas consultados pelo jornal para previsões econômicas.

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