Economia

Fed deve estar pronto para usar juros negativos, diz Yellen

Yellen disse que não acredita que o Fed possa precisar recorrer à medida, mas deveria estar preparada para isso


	Janet Yellen: Yellen disse que não acredita que o Fed possa precisar recorrer à medida, mas deveria estar preparada para isso
 (Mary Schwalm/Reuters)

Janet Yellen: Yellen disse que não acredita que o Fed possa precisar recorrer à medida, mas deveria estar preparada para isso (Mary Schwalm/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2016 às 16h53.

Washington - A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Janet Yellen, afirmou hoje que a autoridade monetária estuda a possibilidade de levar a taxa básica de juros ao terreno negativo caso isso seja necessário para impulsionar a economia.

Bancos centrais na Europa e no Japão têm introduzido juros negativos de longo prazo, o que significa que eles cobram de bancos caso essas instituições queiram estacionar recursos ali.

Yellen disse que não acredita que o Fed possa precisar recorrer à medida, mas deveria estar preparada para isso.

O Fed considerou o uso de juros negativos em 2010. "Estamos estudando novamente essa possibilidade", disse em seu segundo dia de depoimento no Congresso norte-americano.

Segundo a presidente do Fed, os dirigentes da instituição terão mais a dizer na próxima reunião de política monetária, que acontece em março, uma vez que "muita coisa aconteceu" desde o encontro de dezembro.

A reunião também contará com projeções atualizadas para o cenário econômico nos próximos meses.

Yellen refutou que o processo de alta dos juros nos Estados Unidos possa ser culpado pela volatilidade dos mercados financeiros.

Para ela, a expectativa de mudança foi bem comunicada pelo BC norte-americano, e a volatilidade guarda mais relação com os movimentos do câmbio na China e com a queda dos preços do petróleo.

Apesar do tom cauteloso, ela voltou a citar aspectos positivos da economia do país, como a recuperação no mercado imobiliário e o início de uma recuperação mais forte dos salários.

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