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Fed busca ajustes 'graduais' nas futuras decisões sobre juros

Ata do FOMC destaca uma postura mais cautelosa e dependente de dados econômicos para futuras decisões

Taxa de juros nos EUA: Fed adota abordagem gradual conforme queda da inflação (BRENDAN SMIALOWSKI/AFP/Getty Images)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 26 de novembro de 2024 às 22h32.

Os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed) destacaram ajustes “graduais” como prioridade para futuras decisões sobre os juros nos Estados Unidos, conforme divulgado na ata da última reunião, nesta terça-feira, 26.

Segundo a ata, dados econômicos “mais fortes do que o esperado” entre as reuniões de setembro e novembro motivaram comentários de alguns participantes na reunião de 6 e 7 de novembro. Eles indicaram a necessidade de “uma abordagem mais gradual para recalibrar a postura da política monetária”.

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“Os participantes observaram que as decisões de política monetária não seguiam um curso predefinido e dependiam dos desenvolvimentos na economia e das implicações para as perspectivas econômicas e o balanço de riscos. Eles enfatizaram que seria importante que o Comitê deixasse isso claro ao ajustar a orientação de sua política”, diz o documento.

Projeções do FOMC para a Política Monetária

Ao discutir as perspectivas da política monetária, os membros previram que, se os dados fossem apresentados “conforme o esperado”, com a inflação continuando a cair para 2% de forma sustentada e a economia próxima do pico de emprego, “provavelmente seria apropriado avançar gradualmente em direção a uma postura mais neutra da política monetária ao longo do tempo”.

Em 7 de novembro, o Fed anunciou um corte de um quarto de ponto nas taxas de juros dos EUA, marcando a segunda redução consecutiva desde setembro.

Impacto das taxas

Com o ajuste, a taxa de referência passou a oscilar entre 4,5% e 4,75%, de acordo com comunicado do banco central dos EUA. Não foram oferecidas pistas sobre cortes adicionais no curto prazo.

Após 11 aumentos consecutivos desde março de 2022, a taxa de referência alcançou uma faixa de 5,25% a 5,5% em julho de 2023, o nível mais alto desde 2001. Contudo, a decisão de setembro iniciou uma trajetória de cortes, com redução de meio ponto percentual, motivada pela queda sustentada da inflação nos últimos meses.

De acordo com os últimos dados, em outubro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou 2,6% em relação ao ano anterior, um leve aumento em relação aos 2,4% de setembro.

Os membros do FOMC planejam uma nova reunião antes do final do ano, marcada para 17 e 18 de dezembro, para revisar as taxas de juros.

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