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FecomercioSP prevê pior Dia das Mães em vendas desde Collor

70% dos pesquisados disseram que pretendem presentear suas mães, mas o tíquete médio das compras neste ano será de R$ 52, valor 20% menor que em 2014

Comércio: -1,8% (Alexandre Battibugli / EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2015 às 19h24.

São Paulo - Considerado pelo comércio como o Natal do primeiro semestre, o Dia das Mães deste ano deverá apresentar o pior resultado de vendas desde o Plano Collor, na década de 90.

É o que prevê o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Fábio Pina. Ele toma como base uma pesquisa feita nos últimos dias.

Pelo levantamento, 70% dos pesquisados disseram que pretendem presentear suas mães. No entanto, o tíquete médio das compras neste ano será de R$ 52, valor 20% menor o tíquete do ano passado, de R$ 65.

O curioso, de acordo com Pina, é que neste ano o consumidor está falando a mesma língua do empresário, que por definição, costuma ser mais "chorão".

"O empresário está esperando uma queda 9% nas vendas em termos nominais. Descontada a inflação, esta queda sobe para 20%, a mesma prevista pelo consumidor para o valor médio das compras", disse o assessor econômico da FecomercioSP.

"É uma sinalização ruim porque o Dia das Mães é o Natal do primeiro semestre", reiterou Pina. O economista lembra que a FecomercioSP já vem alertando há mais de dois anos que as vendas deixariam de ter força para sustentar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

"O Dia das Mães deste ano vai mostrar que não estávamos errados. O pior é que não teremos mais tempo de recuperar o crescimento neste ano", avisa Pina.

É muito difícil, de acordo com ele, reverter este quadro de queda das vendas em momento de menor oferta de crédito, taxa de desemprego crescente e nível de confiança no patamar mais baixo da história tanto para empresários quanto para os consumidores.

Outra informação desfavorável diz respeito às contratações de mão-de-obra temporária pelo varejo para atender as vendas do Dia das Mães. Normalmente, de 10% a 15% dos varejistas reforçam seus quadros de funcionários com empregados temporários nesta época. Neste ano, apenas 5% disseram que poderiam contratar para o Dia das Mães.

"O Dia das Mães neste ano será uma data simbólica da crise que estamos falando", concluiu o assessor econômico da Fecomercio-SP.

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São Paulo - Considerado pelo comércio como o Natal do primeiro semestre, o Dia das Mães deste ano deverá apresentar o pior resultado de vendas desde o Plano Collor, na década de 90.

É o que prevê o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Fábio Pina. Ele toma como base uma pesquisa feita nos últimos dias.

Pelo levantamento, 70% dos pesquisados disseram que pretendem presentear suas mães. No entanto, o tíquete médio das compras neste ano será de R$ 52, valor 20% menor o tíquete do ano passado, de R$ 65.

O curioso, de acordo com Pina, é que neste ano o consumidor está falando a mesma língua do empresário, que por definição, costuma ser mais "chorão".

"O empresário está esperando uma queda 9% nas vendas em termos nominais. Descontada a inflação, esta queda sobe para 20%, a mesma prevista pelo consumidor para o valor médio das compras", disse o assessor econômico da FecomercioSP.

"É uma sinalização ruim porque o Dia das Mães é o Natal do primeiro semestre", reiterou Pina. O economista lembra que a FecomercioSP já vem alertando há mais de dois anos que as vendas deixariam de ter força para sustentar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

"O Dia das Mães deste ano vai mostrar que não estávamos errados. O pior é que não teremos mais tempo de recuperar o crescimento neste ano", avisa Pina.

É muito difícil, de acordo com ele, reverter este quadro de queda das vendas em momento de menor oferta de crédito, taxa de desemprego crescente e nível de confiança no patamar mais baixo da história tanto para empresários quanto para os consumidores.

Outra informação desfavorável diz respeito às contratações de mão-de-obra temporária pelo varejo para atender as vendas do Dia das Mães. Normalmente, de 10% a 15% dos varejistas reforçam seus quadros de funcionários com empregados temporários nesta época. Neste ano, apenas 5% disseram que poderiam contratar para o Dia das Mães.

"O Dia das Mães neste ano será uma data simbólica da crise que estamos falando", concluiu o assessor econômico da Fecomercio-SP.

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