Economia

Faturamento do comércio no Natal deve crescer 4,5%

De acordo com a Fecomercio, deve ser gasto R$ 1,8 bilhão a mais do que os R$ 15,7 bilhões registrados em 2011

Shopping com decoração natalina: o valor médio que o paulistano deve gastar em cada presente de Natal também deve subir e ficar em torno de R$ 60 a R$ 65 neste ano ( REUTERS/Yuriko Nakao)

Shopping com decoração natalina: o valor médio que o paulistano deve gastar em cada presente de Natal também deve subir e ficar em torno de R$ 60 a R$ 65 neste ano ( REUTERS/Yuriko Nakao)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 13h15.

São Paulo - Com o aumento na renda real e a manutenção de baixos níveis de desemprego, o Natal na região metropolitana de São Paulo deste ano deve ser melhor que o de 2011.

A expectativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é de crescimento de 4,5% no faturamento do comércio varejista neste mês ante dezembro do ano passado, descontada a inflação - deve ser gasto R$ 1,8 bilhão a mais do que os R$ 15,7 bilhões registrados em 2011, em valores nominais.

Com relação à média de consumo dos demais meses do ano, em dezembro devem ser gastos R$ 4 bilhões a mais e quase metade disso (R$ 1,8 bilhão) irá para a compra de presentes.

O valor médio que o paulistano deve gastar em cada presente de Natal também deve subir e ficar em torno de R$ 60 a R$ 65 neste ano, contra R$ 55,12 em 2011. Só na capital paulista os gastos com presentes devem chegar a R$ 916,6 milhões. "O Natal será melhor este ano. As pessoas gastarão, sim, em todos os níveis de renda", disse o diretor executivo da instituição, Antonio Carlos Borges, durante divulgação dos dados do setor.

O fraco desempenho da economia, demonstrado pelo crescimento de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo para o terceiro trimestre, não muda o panorama para o comércio. A expectativa é fechar o ano com faturamento de R$ 429,1 bilhões no Estado de São Paulo, crescimento real de 7% na comparação com 2011, quando o montante foi de R$ 379 bilhões.


"O comércio responde a outros fatores. Vive descolado dos comportamentos dos demais setores, na medida em que depende muito de renda real, emprego e nível de crédito", comentou.

De acordo com Borges, são responsáveis pelo cenário positivo para o comércio em 2012 a redução das taxas de juros, a elevação do salário mínimo, os baixos índices de desemprego, os estímulos concedidos pelo governo ao consumo e a expansão do crédito. "Isso tende a continuar", afirmou Castro, que também projeta alta nas vendas para 2013, mesmo na comparação com um ano considerado forte para o consumo.

Para 2013, a expectativa da FecomercioSP é de o comércio cresça 6% no Brasil e 5% na região metropolitana e no Estado de São Paulo, com R$ 1,5 trilhão em vendas no País. "A tendência é de emprego e renda real em crescimento", disse Castro. Para ele, o mercado de trabalho continuará aquecido no próximo ano, com uma esperada recuperação da indústria em 2013.

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