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Falta de diversidade na força de trabalho afeta economia dos EUA

Empresas no Índice S&P 500 com diversidade de gênero acima da mediana em seus conselhos geralmente registram retorno sobre o patrimônio 15% maior

Grupo de funcionários da operadora Vivo: a autonomia dos grupos de afinidade e o apoio da alta liderança são essenciais para promover a diversidade (Germano Lüders/Exame)
FS

Fabiane Stefano

Publicado em 4 de março de 2021 às 09h37.

Buscar a diversidade na força de trabalho e entre líderes não se trata apenas de fazer a coisa certa, mas também faz sentido do ponto de vista econômico, de acordo com analistas do Bank of America. Se os líderes empresariais e do governo dos EUA tivessem decidido, há mais de 30 anos, tomar medidas em relação à diversidade e inclusão, cerca de US$ 70 trilhões teriam sido adicionados ao PIB do país, disse Haim Israel, chefe de pesquisa de investimento temático global do banco, em relatório publicado na terça-feira.

Em 2019, por exemplo, eliminar as disparidades de gênero e raça teria gerado US$ 2,6 trilhões de produção econômica extra dos EUA, enquanto a continuidade da desigualdade racial pode custar ao país entre US$ 1 trilhão e US$ 1,5 trilhão em perda de consumo e investimentos na próxima década, segundo o banco. Preconceitos de gênero e raça causam disparidades persistentes no mercado de trabalho e limitam a economia, disse Israel.

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As empresas no Índice S&P 500 com diversidade de gênero acima da mediana em seus conselhos geralmente registram retorno sobre o patrimônio 15% maior, e aquelas com forças de trabalho diversificadas étnica e racialmente tendem a mostrar um retorno sobre o patrimônio 8% maior, de acordo com a pesquisa do Bank of America. Empresas mais diversificadas também enfrentam riscos mais baixos nos resultados em relação a pares com menos diversidade.

Israel adverte que a maioria dos esforços de diversidade e inclusão corporativa se concentra em gênero em detrimento de outros grupos - LGBTQ, pessoas com deficiência e minorias religiosas - que correm risco de ficar para trás.

O Citigroup disse em relatório no ano passado que reduzir as brechas raciais nos EUA teria geradoUS$ 16 trilhões adicionaisde produção econômica desde o início do século. E, nos próximos cinco anos, os EUA podem adicionar US$ 5 trilhões em atividade econômica ao diminuir a desigualdade entre americanos negros e brancos, disse o banco.

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