Economia

Expectativa de todo mundo é por corte de juros em agosto; dúvida agora é o quanto, diz Haddad

Ministro da Fazenda afirmou que há espaço para diminuição da taxa inclusive de mais de 0,25 p.p.

Expectativa é que indicados do governo levem 'subsídios técnicos' para sustentar decisão de corte de juros (Diogo Zacarias/Flickr)

Expectativa é que indicados do governo levem 'subsídios técnicos' para sustentar decisão de corte de juros (Diogo Zacarias/Flickr)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 13 de julho de 2023 às 13h26.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que espera sensibilidade técnica do Banco Central para a redução dos juros, pois há espaço para a diminuição, inclusive de mais de 0,25 ponto porcentual. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) será em agosto e já contará com a participação dos novos diretores indicados pelo governo, Gabriel Galípolo (política monetária) e Ailton Aquino (fiscalização). O ministro defendeu que eles levarão mais subsídios técnicos para o BC.

O ministro comentava que o País está pagando 10% de juro real ao ano, considerando a Selic em 13,75% ao ano e o patamar de inflação em torno de 4%. "Se o governo paga esse juro real, quem está comprando uma geladeira paga mais, 20% a 30%, e não cabe no bolso. Esperamos sensibilidade técnica da autoridade monetária", disse o ministro em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, da RedeTV.

A retomada de um patamar adequado de juros começa em agosto, na avaliação de Haddad. Ele disse que essa é a expectativa de "todo mundo", do governo ao mercado, e que há espaço para um corte até maior do que o 0,25 ponto porcentual na Selic.

Nesse sentido, Galípolo e Aquino terão a missão de levar mais subsídios técnicos ao Copom. "A tarefa desses novos diretores é levar novos subsídios técnicos para a tomada de decisão. Ninguém compõem bancada no Banco Central. Não há bancada de oposição ou situação no Banco Central. Isso não existe. O que queremos é que esses novos diretores levem mais subsídios técnicos para sustentar uma decisão que, quem sabe, coloque o Brasil em uma rota de crescimento sustentável", disse Haddad.

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