Economia

Expectativa de recuperação da zona do euro sofre golpe

Pesquisa Índice de Gerentes de Compras mostrou que a contração das empresas da região da zona do euro piorou inesperadamente neste mês, especialmente na França


	PMI preliminar de serviços caiu em fevereiro, chegando a um ano abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração e contrariando as expectativas de alta
 (Philippe Huguen/AFP)

PMI preliminar de serviços caiu em fevereiro, chegando a um ano abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração e contrariando as expectativas de alta (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 09h26.

Londres - As expectativas de que a zona do euro possa sair da recessão em breve sofreram um golpe nesta quinta-feira, uma vez que a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) mostrou que a contração das empresas da região piorou inesperadamente neste mês, especialmente na França.

O PMI preliminar de serviços caiu em fevereiro para 47,3 ante 48,6 em janeiro, chegando a um ano abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração e contrariando as expectativas de uma alta para 49,0 de mais de 30 analistas consultados pela Reuters.

O instituto Markit, responsável pela pesquisa, afirmou que a diferença entre Alemanha e França --as duas maiores economias da zona do euro --está agora no maior nível desde que a pesquisa começou em 1998.

Embora as empresas na Alemanha tenham sustentado uma taxa de crescimento saudável, as companhias de serviços francesas estão no meio de sua pior queda desde a Grande Recessão no início de 2009.

O índice aponta para uma contração de 0,2 a 0,3 por cento no primeiro trimestre na zona do euro, seguindo-se a uma contração estimada de 0,4 por cento no fim do ano passado, afirmou o economista-chefe do Markit, Chris Williamson.


Novas encomendas nas empresas do setor de serviços da zona do euro --que incluem bancos, companhias de tecnologia da informação, hotéis e restaurantes-- caíram a uma taxa mais rápida neste mês, com o índice descendo para 46,0 ante os 48,4 pontos em janeiro.

Por sua vez, o PMI preliminar de indústria teve pouca alteração em fevereiro, indo a 47,8 ante 47,9 em janeiro, o que também afeta o otimismo de que a situação do setor melhoraria.

A produção caiu a uma taxa mais rápida, embora as novas encomendas de exportação tenham dado alguma luz, uma vez que o índice subiu a 51,7 em fevereiro ante 49,5 --primeira leitura acima de 50 desde junho de 2011.

O PMI composto, que combina ambas as pesquisas, caiu para 47,3 em fevereiro ante 48,6 no mês anterior.

Atualizado às 09h25min

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