Economia

Europa vai ceder assentos no FMI para dois emergentes

Segundo fontes, a Polônia também vai ganhar um assento rotativo na diretoria do Fundo, por meio de um acordo político costurado nos últimos meses


	A diretoria do FMI, que tem 24 cadeiras, ainda é dominada pelos EUA e pela Europa
 (Chip Somodevilla/Getty Images)

A diretoria do FMI, que tem 24 cadeiras, ainda é dominada pelos EUA e pela Europa (Chip Somodevilla/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2012 às 12h32.

Tóquio - A Europa iniciou neste sábado o processo oficial para ceder duas de suas cadeiras na diretoria executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI), abrindo espaço para que países emergentes tenham um maior poder de voz na instituição.

Bélgica e Holanda vão fundir suas duas cadeiras em uma só, permitindo que o assento restante seja dividido por Turquia, Hungria, República Checa e Áustria. A decisão foi anunciada durante a reunião anual do FMI em Tóquio. Segundo fontes, a Polônia também vai ganhar um assento rotativo na diretoria do Fundo, por meio de um acordo político costurado nos últimos meses. A cadeira será dividida com a Suíça.

Mas alguns membros do FMI e analistas afirmam que as mudanças são insuficientes e se focam apenas nos países emergentes da Europa. Apesar de algumas mudanças, a diretoria do FMI, que tem 24 cadeiras, ainda é dominada pelos EUA e pela Europa, que controlam a instituição desde sua criação, durante a Segunda Guerra Mundial.

Um acordo para reformar a governança no FMI, aprovado em 2010 mas que ainda não foi totalmente implementado, deve dar aos emergentes ainda mais poder. Quando as mudanças forem ratificadas, a China deve se tornar a terceira força dentro da instituição, e a Rússia também terá mais influência. Na ocasião, a Europa tinha prometido ceder até dois dos seus oito assentos na diretoria.

Apesar das mudanças anunciadas hoje pelos países europeus, a União Europeia ainda não cumpriu todas as promessas estabelecidas no acordo de 2010. O bloco resiste em implementar as reformas porque os EUA também não cumpriram sua parte. O governo norte-americano ainda não obteve aprovação do Congresso para as mudanças e nem indicou quando pretende enviar o projeto para os legisladores. As informações são da Dow Jones.

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