Eurogrupo debate proteção a países da zona do euro
A situação se complicará se na segunda-feira houver uma grande saída de capital da Grécia
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2015 às 16h03.
Bruxelas - Os ministros de Economia e Finanças da zona do euro discutem a necessidade de impor controles de capital na Grécia e proteger os países do entorno, entre outras questões, após as negociações entre Atenas e os credores terminarem definitivamente, segundo disseram fontes europeias neste sábado.
O Banco Central Europeu (BCE), cujo conselho de governo se reunirá no domingo para analisar a situação da Grécia, pode recomendar o fechamento dos bancos gregos, pelo menos dos sistêmicos, em qualidade de supervisor único.
No entanto, o Banco Central da Grécia precisa tomar a decisão e o parlamento grego aprovar uma legislação, de acordo com as fontes consultadas. As mesmas fontes explicaram que o ministro grego de Finanças, Yanis Varoufakis, não quer introduzir controles de capital.
Agora o BCE deve decidir se mantém o fornecimento de liquidez de emergência aos bancos gregos. O presidente da entidade monetária da zona do euro, Mario Draghi, já ressaltou várias vezes que era preciso haver um acordo e que só seguirá o plano de injeção de liquidez enquanto os bancos gregos forem solventes.
A situação se complicará se na segunda-feira houver uma grande saída de capital da Grécia, indicaram as fontes. Elas também enfatizaram que o BCE precisa de um "forte apoio político" para suas próximas decisões pelos países da zona do euro, que também está preocupada com outras questões de ordem pública na Grécia em relação à situação dos bancos e comércios do país.
Além disso, a não devolução dos 1,6 bilhões de euros que a Grécia deve ao Fundo Monetário Internacional (FMI) na próxima terça-feira colocaria o país em situação de falta de pagamento, o que envolveria o fundo de resgate da zona do euro.
O diretor-gerente do fundo de resgate da zona do euro, Klaus Regling, explicou recentemente que os empréstimos da entidade estão vinculados aos do FMI e que, se a Grécia incorrer em falta de pagamento com essa instituição com sede em Washington, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) tem a "opção" de pedir as devoluções antecipadamente, invocar uma isenção ou reservar-se o direito a atuar.
Os credores internacionais da Grécia rejeitaram uma nova prorrogação do resgate grego para depois do dia 30 de junho após o governo do país recusar as últimas propostas das instituições e anunciar um referendo sobre as mesmas.
Não é apenas o programa que vai expirar na meia-noite de terça-feira, mas também todo o financiamento relacionado ao atual resgate da Grécia, incluindo a transferência dos lucros obtidos pelo BCE da compra de bônus gregos e dos bancos centrais nacionais dos países da zona do euro.
Agora o Eurogrupo está reunido "a fim de se preparar para o que for necessário para garantir a estabilidade da zona do euro", segundo disse o presidente deste fórum informal de ministros de Economia e Finanças da zona do euro.
Outras fontes explicaram que o presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, que se envolveu pessoalmente nas negociações para tentar mediar e chegar a um acordo com a Grécia, se inteirou nesta manhã sobre o anúncio do referendo.
Os negociadores gregos que se reuniram na noite de ontem com as instituições souberam pelo Twitter do anúncio do referendo antes de receber uma ligação de Atenas para abandonar o encontro, segundo as fontes. EFE
Bruxelas - Os ministros de Economia e Finanças da zona do euro discutem a necessidade de impor controles de capital na Grécia e proteger os países do entorno, entre outras questões, após as negociações entre Atenas e os credores terminarem definitivamente, segundo disseram fontes europeias neste sábado.
O Banco Central Europeu (BCE), cujo conselho de governo se reunirá no domingo para analisar a situação da Grécia, pode recomendar o fechamento dos bancos gregos, pelo menos dos sistêmicos, em qualidade de supervisor único.
No entanto, o Banco Central da Grécia precisa tomar a decisão e o parlamento grego aprovar uma legislação, de acordo com as fontes consultadas. As mesmas fontes explicaram que o ministro grego de Finanças, Yanis Varoufakis, não quer introduzir controles de capital.
Agora o BCE deve decidir se mantém o fornecimento de liquidez de emergência aos bancos gregos. O presidente da entidade monetária da zona do euro, Mario Draghi, já ressaltou várias vezes que era preciso haver um acordo e que só seguirá o plano de injeção de liquidez enquanto os bancos gregos forem solventes.
A situação se complicará se na segunda-feira houver uma grande saída de capital da Grécia, indicaram as fontes. Elas também enfatizaram que o BCE precisa de um "forte apoio político" para suas próximas decisões pelos países da zona do euro, que também está preocupada com outras questões de ordem pública na Grécia em relação à situação dos bancos e comércios do país.
Além disso, a não devolução dos 1,6 bilhões de euros que a Grécia deve ao Fundo Monetário Internacional (FMI) na próxima terça-feira colocaria o país em situação de falta de pagamento, o que envolveria o fundo de resgate da zona do euro.
O diretor-gerente do fundo de resgate da zona do euro, Klaus Regling, explicou recentemente que os empréstimos da entidade estão vinculados aos do FMI e que, se a Grécia incorrer em falta de pagamento com essa instituição com sede em Washington, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) tem a "opção" de pedir as devoluções antecipadamente, invocar uma isenção ou reservar-se o direito a atuar.
Os credores internacionais da Grécia rejeitaram uma nova prorrogação do resgate grego para depois do dia 30 de junho após o governo do país recusar as últimas propostas das instituições e anunciar um referendo sobre as mesmas.
Não é apenas o programa que vai expirar na meia-noite de terça-feira, mas também todo o financiamento relacionado ao atual resgate da Grécia, incluindo a transferência dos lucros obtidos pelo BCE da compra de bônus gregos e dos bancos centrais nacionais dos países da zona do euro.
Agora o Eurogrupo está reunido "a fim de se preparar para o que for necessário para garantir a estabilidade da zona do euro", segundo disse o presidente deste fórum informal de ministros de Economia e Finanças da zona do euro.
Outras fontes explicaram que o presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, que se envolveu pessoalmente nas negociações para tentar mediar e chegar a um acordo com a Grécia, se inteirou nesta manhã sobre o anúncio do referendo.
Os negociadores gregos que se reuniram na noite de ontem com as instituições souberam pelo Twitter do anúncio do referendo antes de receber uma ligação de Atenas para abandonar o encontro, segundo as fontes. EFE