Economia

EUA vão encerrar acordo de comércio de aço plano com Rússia

EUA deram à Rússia um aviso de 60 dias sobre o encerramento do acordo antes da retomada de tarifas contra dumping


	Aço: acordo protegia siderúrgicas russas das tarifas de até 184,56 por cento incidentes sobre aços laminados a quente, aços planos laminados e aço carbono
 (Andrey Rudakov/Bloomberg)

Aço: acordo protegia siderúrgicas russas das tarifas de até 184,56 por cento incidentes sobre aços laminados a quente, aços planos laminados e aço carbono (Andrey Rudakov/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2014 às 12h11.

Washington - O Departamento de Comércio dos Estados Unidos vai terminar um acordo de 15 anos que protegia produtores de aços planos laminados a quente da Rússia de elevados impostos de importação, afirmou o órgão em carta enviada a autoridades russas.

Na carta, os EUA deram à Rússia um aviso de 60 dias sobre o encerramento do acordo antes da retomada de tarifas contra dumping.

O acordo protegia siderúrgicas russas das tarifas de até 184,56 por cento incidentes sobre aços laminados a quente, aços planos laminados e aço carbono e definia limites à importação e preços mínimos. Com a suspensão do acerto, tarifas começarão a ser aplicadas a partir de 16 de dezembro, segundo a carta do departamento.

Os produtores de aço dos EUA reclamaram ao departamento em julho, afirmando que o acordo de 1999 não impediu siderúrgicas russas de inundarem o mercado norte-americano.

Nucor, US Steel, ArcelorMittal e outras companhias afirmaram que o preço de referência que tinha sido definido no acordo era inferior aos praticados nos EUA desde 2004.

A russa Severstal enfrenta agora tarifas antidumping de 73,59 por cento. Outras siderúrgicas russas, como a Novolipetsk Steel e Magnitogorsk Iron and Steel Works terão de pagar tarifas de 184,56 por cento.

O Instituto Americano de Ferro e Aço (AISI) comemorou a decisão. "Nossa indústria não deveria se sujeitar a prejuízos pelo aumento nas importações de aços laminados a quente da Rússia que chegam a este país sob um acordo que não atende mais a seu propósito", disse o presidente da AISI, Thomas Gibson.

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