Economia

EUA são o país mais competitivo do mundo; veja o ranking

Puxados por performance econômica, americanos desbancam Hong Kong em ranking anual do IMD com 63 países; Áustria e China são destaques

Nova York: julgamento está previsto para começar no dia 7 de outubro de 2019 (Mario Tama/Getty Images)

Nova York: julgamento está previsto para começar no dia 7 de outubro de 2019 (Mario Tama/Getty Images)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 23 de maio de 2018 às 15h01.

Última atualização em 23 de maio de 2018 às 15h50.

São Paulo - Os Estados Unidos desbancaram Hong Kong e se tornaram o país mais competitivo do mundo.

É o que aponta um ranking divulgado nesta quarta-feira (23) pela escola de negócios suíça IMD (International Institute for Management Development).

O levantamento, publicado desde 1989, avaliou 63 países através de 340 variáveis em 4 pilares: Performance Econômica, Eficiência do Governo, Eficiência Empresarial e Infraestrutura.

Foram considerados tanto dados estatísticos (dois terços de peso no índice), quanto qualitativos de pesquisas com executivos (um terço do peso).

Puxado pelo aumento do PIB e queda da inflação, o Brasil teve sua primeira melhora desde 2010. O país está no 60º lugar, na frente apenas de Croácia, Mongólia e Venezuela.

EUA

Os Estados Unidos se destacaram em performance econômica e infraestrutura e com isso subiram as 3 posições necessárias para chegar na liderança.

A competitividade é construída principalmente em círculos "viciosos ou virtuosos" de longo prazo, dizem os especialistas, mas desenvolvimentos recentes contam:

"Alguns dados são de 2015 e capturam ainda a administração do [ex-presidente] Barack Obama. A parte de pesquisas captura a percepção de executivos, afetados pelas reformas amigáveis aos negócios - como a tributária", diz Jose Caballero, economista do centro de competitividade do IMD.

O governo de Donald Trump promoveu no final de 2017 um grande corte de impostos que reduziu taxas especialmente para empresas e para a parcela mais rica da população.

Caballero nota que os mesmos respondentes também destacam a instabilidade de políticas como um problema, e poucos avaliam que o governo compreende a forma de atrair negócios.

De forma geral, a diversidade entre os primeiros lugares do ranking mostra que não existe um modelo ou caminho único para a competitividade, algo reforçado pelos especialistas.

"Há países como os EUA onde a competitividade está baseada no tamanho e volume da economia e outros, como os nórdicos, onde a estratégia é baseada no social e politico, entendendo que no longo prazo isso terá impacto positivo no crescimento", diz Caballero.

Um dos destaques no ranking deste ano foi a Áustria, que subiu 7 posições e ficou em 18º impulsionada por "crescimento econômico, redução da dívida do governo e aumento da produtividade dos negócios", escreve Arturo Bris, diretor do centro de competitividade do IMD, em nota para a imprensa.

Já a China escalou 5 posições e está no 13º lugar, fruto do "investimento na infraestrutura física e intangível assim como melhora em aspectos institucionais, como o quadro regulatório e legal", também segundo Bris.

Veja o top 30:

  1. Estados Unidos
  2. Hong Kong
  3. Cingapura
  4. Holanda
  5. Suíça
  6. Dinamarca
  7. Emirados Árabes Unidos
  8. Noruega
  9. Suécia
  10. Canadá
  11. Luxemburgo
  12. Irlanda
  13. China
  14. Catar
  15. Alemanha
  16. Finlândia
  17. Taiwan
  18. Áustria
  19. Austrália
  20. Reino Unido
  21. Israel
  22. Malásia
  23. Nova Zelândia
  24. Islândia
  25. Japão
  26. Bélgica
  27. Coreia do Sul
  28. França
  29. República Tcheca
  30. Tailândia
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