Economia

EUA restringem acesso de empresa da China a microchips de ponta

Medida restringe exportação de tecnologia originada nos EUA sem licença e eleva a pressão sobre a SMIC, central para a China melhorar sua autossuficiência

 (Aly Song/Reuters)

(Aly Song/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de dezembro de 2020 às 07h46.

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está acrescentando a maior fabricante de microchips da China a uma lista de restrições à exportação. Isso limita o acesso da empresa a tecnologia de ponta, por causa dos supostos vínculos com as Forças Armadas da China. A Semiconductor Manufacturing International (SMIC) será acrescentada em uma lista com mais de 60 instituições da China, disse o Departamento do Comércio.

A medida restringe exportações de tecnologia originada nos EUA sem uma licença, com uma provisão que na prática veta que a SMIC adquira tecnologia para construir chips com circuitos de 10 nanômetros ou menores, os mais avançados dessa indústria. A medida eleva a pressão sobre a fabricante, que recebeu bilhões de dólares de ajuda estatal e é central para o plano de Pequim para melhorar sua autossuficiência em tecnologias cruciais. Ocorre ainda em meio a semanas de uma série de ações do governo Trump contra empresas de tecnologia da China.

Um porta-voz da SMIC ainda não havia comentado o assunto até a publicação desta nota. A empresa tem negado relações com militares da China e dito que seu microchips são apenas para uso comercial e civil. 

Acompanhe tudo sobre:ChinaChipsEstados Unidos (EUA)

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor