Economia

EUA prometem "sanções mais fortes da história" contra o Irã

Segundo secretário de Estado, Mike Pompeo, Banco Central do Irã "fornecia dinheiro ao Hezbollah e outras organizações terroristas"

Mike Pompeo: "Nossas demandas para o Irã não são irracionais. Desista do seu programa nuclear. Acabe com ele" (Leah Millis/Reuters)

Mike Pompeo: "Nossas demandas para o Irã não são irracionais. Desista do seu programa nuclear. Acabe com ele" (Leah Millis/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 21 de maio de 2018 às 16h53.

Última atualização em 21 de maio de 2018 às 17h54.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse hoje (21) que, depois de terem imposto sanções na semana passada contra o presidente do Banco Central do Irã, que, segundo ele, "fornecia dinheiro ao Hezbollah e outras organizações terroristas", o Departamento de Tesouro norte-americano deve anunciar novas sanções contra o país. "Essas acabarão sendo as sanções mais fortes da história quando estiverem prontas", afirmou Pompeo.

As novas sanções vêm no rastro da saída dos Estados Unidos do acordo multilateral com o Irã e potências mundiais e em retaliações anunciadas contra empresas iranianas e o presidente do Banco Central do país nos últimos dias.

Segundo o secretário de Estado, o Irã vem se engajando em guerras por todo o Oriente Médio há anos, porém, depois das sanções, "vai estar batalhando apenas para garantir a sobrevivência da sua economia".

"Nossas demandas para o Irã não são irracionais. Desista do seu programa nuclear. Acabe com ele", disse Pompeo.

Além das sanções econômicas do Departamento do Tesouro, Pompeo também disse que o Departamento de Comércio e o Departamento de Defesa norte-americanos também poderão participar da nova rodada de sanções.

"Nós vamos garantir liberdade de navegação nas águas da região. Nós vamos trabalhar para impedir e contra-atacar atividades cibernéticas malignas iranianas. Nós vamos seguir operadores iranianos e seus aliados do Hezbollah operando ao redor do mundo e nós vamos acabar com eles. O Irã nunca mais terá carta branca para dominar o Oriente Médio", afirmou.

Acordo nuclear

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no dia 8 de maio que os Estados Unidos iriam se retirar do acordo nuclear com o Irã e iniciar uma nova rodada de sanções contra o país.

O acordo, do qual os Estados Unidos faziam parte ao lado de outras potências, suspendia sanções ao país em troca de limitações ao programa nuclear iraniano.

Pompeo listou 12 condições para que o governo norte-americano negocie um novo acordo com o Irã: relatar à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a dimensão militar do seu programa nuclear e permanentemente abandonar o programa; parar de enriquecer plutônio; garantir à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) acesso irrestrito a todos os lugares ligados ao programa no país; pôr um fim à proliferação de mísseis balísticos; libertar cidadãos dos Estados Unidos e aliados presos sob acusações falsas; parar de apoiar grupos terroristas do Oriente Médio; respeitar a soberania do governo do Iraque; parar de apoiar milícias no Iêmen; retirar suas forças da Síria; parar de apoiar o Talibã e outros grupos terroristas no Afeganistão; parar de apoiar terroristas ao redor do mundo; e, finalmente, encerrar o "comportamento ameaçador contra seus vizinhos".

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