Economia

EUA mantêm ritmo sólido de crescimento no emprego em março

Economia está acelerando o passo após ser contida por um inverno brutalmente frio


	Feira de empregos nos EUA:  taxa de desemprego ficou inalterada em 6,7 por cento, uma vez que norte-americanos inundaram o mercado de trabalho
 (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)

Feira de empregos nos EUA:  taxa de desemprego ficou inalterada em 6,7 por cento, uma vez que norte-americanos inundaram o mercado de trabalho (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 10h14.

Washington - Os empregadores nos Estados Unidos mantiveram o ritmo sólido de contratações pelo segundo mês consecutivo em março, outra evidência de que a economia está acelerando o passo após ser contida por um inverno brutalmente frio.

Foram criados 192 mil empregos fora do setor agrícola no mês passado, após subirem em 197 mil em fevereiro, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. A taxa de desemprego ficou inalterada em 6,7 por cento, uma vez que norte-americanos inundaram o mercado de trabalho.

Economistas consultados pela Reuters esperavam que 200 mil novas vagas fossem criadas em março e que a taxa de desemprego recuasse 0,1 ponto percentual.

A contagem de folha de pagamentos para janeiro e fevereiro foi revisada para mostrar que 37 mil empregos a mais foram criados nestes meses do que relatado anteriormente. Uma autoridade do Departamento do Trabalho disse que o clima severo teve um leve impacto sobre as horas trabalhadas no mês passado.

A taxa de participação da força de trabalho, ou a proporção de norte-americanos em idade para trabalhar que têm ou buscam um emprego, subiu para uma máxima de seis meses de 63,2 por cento, ante 63 por cento em fevereiro.

Um inverno muito frio e com muita neve afetou a economia no final de 2013 e início deste ano. O crescimento foi ainda mais prejudicado por esforços de empresas para reduzir estoques, o vencimento de benefícios para desempregados de longo prazo e cortes nos auxílios-alimentação.

Mas dados que vão dos setores de indústria e serviços a vendas de automóveis vinham sinalizando o fortalecimento da economia perto do fim do primeiro trimestre.


O ritmo estável de ganhos de emprego deve permitir que o Federal Reserve, o banco central dos EUA, continue a reduzir seu estímulo monetário e a manter as taxas de juros perto de zero por um tempo.

O setor privado respondeu por todos os ganhos no emprego em março, sendo que o setor público não acrescentou nenhuma vaga. O setor privado agora recuperou todos os empregos perdidos durante a recente recessão.

Os empregos na indústria caíram em 1.000, interrompendo sete meses de ganhos. O crescimento do emprego em fábricas tem se desacelerado desde um salto em novembro. Mas com as vendas de automóveis acelerando fortemente em março, as contratações podem se recuperar nos próximos meses.

Os empregos no setor de construção civil cresceram em 19 mil, o terceiro mês consecutivo de ganhos para o setor e que ocorreu apesar de o mercado de moradias estar em dificuldades para sair de um período fraco.

A renda média por hora trabalhada caiu 1 centavo de dólar em março. A semana média de trabalho subiu para 34,5 horas ante 34,2 horas em fevereiro, outro sinal altista.

Acompanhe tudo sobre:DesempregoEmpregosEstados Unidos (EUA)Mercado de trabalhoPaíses ricos

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação