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EUA divulga número final do PIB em clima de reeleição de Trump

Departamento de Comércio dos EUA divulga nesta quinta a última previsão do PIB do 1º trimestre de 2019, que especialistas esperam que se consolide em 3,1%

Donald Trump: desde que lançou oficialmente sua campanha de reeleição no dia 18 de junho, o presidente já arrecadou 36 milhões de dólares (Mike Theiler/File Photo/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2019 às 06h20.

Última atualização em 27 de junho de 2019 às 10h34.

A campanha de reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos pode ganhar mais força nesta quinta-feira, 28. O Departamento de Comércio do país irá divulgar nesta manhã a terceira e última previsão do Produto Interno Bruno (PIB) nacional para o primeiro trimestre de 2019. Analistas econômicos esperam que a taxa de crescimento se consolide em 3,1%, igual na revisão anterior, que reduziu 0,1% da estimativa anterior inicial de 3,2%.

Como neste ponto do ano as estatísticas mais importantes que influenciam no PIB já foram divulgadas, o número apresentado pelo Departamento nesta quinta deve ser o final para o período. O Escritório de Análise Econômica, agência do Departamento de Comércio, explicou na divulgação dos dados preliminares que foram os gastos dos governos estaduais e locais, o comércio e o investimento em estoques que motivaram a aceleração econômica no trimestre.

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A força da economia norte-americana nos três primeiros meses de 2019 foi uma surpresa. Ao longo de 2018, o PIB do país teve avanço médio de 3%, mas sua curva foi descendente. O ápice de crescimento foi no segundo trimestre, com a marca de 4,2%, mas o quarto trimestre terminou com a taxa de 2,2%. Seguindo essa lógica de desaceleração, especialistas acreditavam inicialmente que o PIB deste ano se manteria na faixa de 2% a 2,5%.

Foi se aproveitando dessa boa fase econômica dos Estados Unidos que Donald Trump lançou sua campanha de reeleição na semana passada. Em evento na Flórida, com cerca de 20 mil eleitores, ele destacou os números a seu favor. “Nossa economia é a inveja do mundo. Talvez seja a melhor economia que tivemos na história do nosso país”, disse o presidente, que aposta que o eleitorado irá focar nos bons indicadores econômicos e não nas polêmicas de sua gestão na hora de votar.

A taxa de desemprego está abaixo dos 4% e a inflação está abaixo do teto estabelecido pelo governo. Durante a administração Trump, o índice de ações SP&500 cresceu 28%. A estratégia, por enquanto, parece ter funcionado, e Trump levantou em uma semana 36 milhões de dólares para seu fundo de campanha.

No próximo dia 1º, os Estados Unidos completam dez anos da maior expansão econômica de sua história. São números que fazem Trump atacar o Federal Reserve, o banco central do país, por não cortar os juros do país — a previsão é de dois cortes de 0,25 pontos percentuais até o fim do ano. Pelo Twitter, o presidente disse que o Fed “não sabe o que está fazendo” e que o PIB dos EUA já estaria na casa dos 4 ou 5%.

Os economistas, por outro lado, apontam que os maiores riscos para a continuação da expansão vêm não do Fed, mas da guerra comercial que Trump trava com a China, o que está desacelerando a economia global. No sábado, durante cúpula do G20 no Japão, Trump e Xi Jinping, presidente chinês, devem se encontrar pessoalmente para discutir o tema. A reunião dos políticos pode impactar os rumos da economia global e norte-americana, bem como as eleições de 2020 dos EUA.

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