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EUA desiste de Davos e abre caminho para a China

Envolvido no maior shutdown (paralisação de governo) da história dos Estados Unidos, Donald Trump cancelou a viagem da delegação americana à suíça

Trump em Davos no ano passado: presidente dos EUA decide que nem ele e nem a delegação americana irão à Suíça (Carlos Barria/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2019 às 06h58.

Última atualização em 18 de janeiro de 2019 às 07h10.

A cinco dias do início do Fórum Econômico de Davos , o evento que reúne os principais políticos, executivos e pensadores econômicos do planeta sofreu uma baixa na noite de ontem. Envolvido no maior shutdown (paralisação de governo) da história dos Estados Unidos, Donald Trump cancelou a viagem da delegação americana à suíça. Dias antes ele já havia cancelado sua própria participação.

Sem ele, a expectativa era que a delegação americana fosse liderada pelo secretário de Tesouro, Steven Mnuchin, e pelo secretário de Estado, Mike Pompeo. Os dois deveriam falar conjuntamente na abertura do Fórum, no dia 22. Deveriam também oferecer um jantar a um grupo de sete ministros financeiros e de relações exteriores das sete maiores economias do mundo. Ao cancelar a viagem, o governo justificou que tentará assegurar que Trump e seu time deem a assistência necessária aos mais de 800.000 americanos que não estão recebendo seus salários.

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A decisão vem em péssima hora para a economia americana. A expectativa era que o evento suíço se transformasse numa ofensiva de charme de americanos, de um lado, e de chineses, de outro, sobre a iminente guerra comercial entre os dois países. Segundo reportagem da revista americana Bloomberg Businessweek, a divisão tem complicado a vida de uma série de companhias que precisam escolher lados ao definir sua agenda para o evento.

Nos últimos dois países foram os protagonistas de Davos. Em 2017, o chinês Xi Jinping afirmou que “perseguir o protecionismo é como se trancar num quarto escuro”. Em 2018, Trump respondeu, afirmando que “os Estados Unidos não fecharão mais os olhos para práticas econômicas injustas”. Desta vez, o representante chinês será o vice-presidente Wang Qishan.

No dia primeiro de março termina um cessar-fogo de 90 dias na guerra comercial entre os dois países. Davos deveria ser um palco decisivo para a negociação dos próximos passos. Agora, uma nova leva de indefinições se abre.

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