Economia

EUA: China deve usar petróleo para pressionar Coreia do Norte

O intuito é pressionar o isolado país a reconsiderar o desenvolvimento de armas nucleares

Coreia do Norte: os EUA impuseram um embargo de importações de petróleo para a Coreia do Norte (KCNA/Reuters)

Coreia do Norte: os EUA impuseram um embargo de importações de petróleo para a Coreia do Norte (KCNA/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de setembro de 2017 às 15h21.

Londres - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, pediu nesta quinta-feira que a China use seu peso como principal fornecedor de petróleo para a Coreia do Norte para pressionar o isolado país a reconsiderar o desenvolvimento de armas nucleares.

O governo do presidente Donald Trump buscou impor um embargo de importações de petróleo para a Coreia do Norte no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, em resposta ao mais recente ataque nuclear de Pyongyang.

A oposição de China e Rússia, porém, levou à aprovação de medidas mais brandas, embora tenha sido imposto um embargo às exportações de têxteis norte-coreanos, uma importante fonte de receita para o país.

Tillerson disse que será "muito difícil" para a China concordar com um embargo contra o vizinho, mas pediu que Pequim, como uma "potência mundial", use sua força como fornecedor de praticamente todo o petróleo da Coreia do Norte.

"Este é um instrumento muito poderoso e ele já foi usado no passado", afirmou. "Nós esperamos que a China não rejeite isso."

A autoridade falou após conversas no Reino Unido e na França sobre como elevar a pressão sobre o autoritário governo de Kim Jong Un, enquanto ele se aproxima de ter um míssil nuclear que poderia ameaçar território americano.

A China se opõe ao desenvolvimento de armas nucleares da Coreia do Norte, mas teme que uma maior pressão econômica leve o vizinho ao colapso. O regime chinês quer que os EUA retomem negociações com os norte-coreanos.

Autoridades de EUA, Reino Unido e França também discutem a situação na Líbia, país que vive situação caótica após a queda do ditador Muamar Kadafi em 2011.

O secretário das Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, afirmou que é possível atingir a paz na Líbia. Johnson disse que pode haver eleições no próximo ano na Líbia, mas antes é preciso promulgar uma Constituição.

Tillerson também se reuniu com a premiê britânica, Theresa May, para discutir a ameaça representada pelo Irã para a região do Oriente Médio.

Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:ChinaCoreia do NorteEstados Unidos (EUA)PetróleoRex Tillerson

Mais de Economia

Corte anunciado por Haddad é suficiente para cumprir meta fiscal? Economistas avaliam

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Mais na Exame