Economia

EUA apoiarão Azevêdo na revitalização da OMC

"Esperamos que ele tenha a oportunidade de revitalizar a instituição e estamos dispostos a trabalhar com ele para fazer isso", afirmou consulesa americana


	O brasileiro Roberto Azevêdo, novo diretor da OMC
 (REUTERS/Valentin Flauraud)

O brasileiro Roberto Azevêdo, novo diretor da OMC (REUTERS/Valentin Flauraud)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 14h33.

São Paulo - O brasileiro Roberto Azevêdo, que assumiu o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), é um negociador importante e sabe como funciona o órgão, na avaliação da consulesa-geral adjunta dos Estados Unidos, Samantha Carl-Yoder.

"Esperamos que ele tenha a oportunidade de revitalizar a instituição e estamos dispostos a trabalhar com ele para fazer isso", afirmou, após participar de evento que debateu o futuro acordo de livre-comércio entre EUA e Europa, na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

Segundo a consulesa, os EUA têm o compromisso para o comércio livre no mundo. "Queremos fazer isso com acordos bilaterais e também dentro da OMC", disse, reforçando que acredita no fortalecimento das relações comerciais com o Brasil. "Temos mais de 30 diálogos bilaterais com o Brasil, em várias áreas."

A consulesa destacou que a relação entre Brasil e EUA tem ultrapassado o âmbito governamental e se aprofundado entre empresas. "Temos laços fortes e estamos criando áreas além do comércio direto", afirmou. Segundo Samantha, somente neste ano cinco ou seis governadores norte-americanos virão com delegações empresariais para o Brasil. "Eles querem saber mais sobre o Brasil."


Samantha lembrou a afirmação feita pelo vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em recente visita ao Rio de Janeiro, quando ele disse de que "não há razões para que não tenhamos um comércio bilateral de US$ 500 bilhões ao ano (hoje, é alto em torno de US$ 150 bilhões). "Estamos trabalhando com o governo brasileiro para criar uma área de investimentos bilaterais e fortalecer esses negócios. Estamos amadurecendo", reforçou.

Modelo brasileiro

Para Samantha, como qualquer outro parceiro comercial, o Brasil tem suas peculiaridades que criam "desafios e não dificuldades"para as transações entre os dois países.

"O Brasil é hoje o nosso oitavo parceiro comercial. Os desafios são basicamente a diferença entre regras, como a definição dos impostos. Trabalhamos para eliminar a burocracia." A consulesa destacou que o Brasil é "uma historia de sucesso inspiradora". "O País levou milhares de pessoas para a classe média, produz tudo, desde commodities até aviões,", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:ComércioComércio exteriorEstados Unidos (EUA)OMC – Organização Mundial do ComércioPaíses ricos

Mais de Economia

Plano Real, 30 anos: Armínio Fraga, o tripé macroeconômico e os desafios de manter o plano vivo

Com Selic a 10,5% ao ano, Brasil está entre os três países com maior taxa de juro real do mundo

"Se essa economia de R$ 9,2 bilhões não vem, vamos ter que aumentar o bloqueio", diz Planejamento

Mais na Exame