Brazil's Economy Minister Fernando Haddad gestures next to Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva (out of frame) during a meeting on family farming at the Planalto Palace in Brasilia on November 27, 2024. (Photo by Sergio Lima / AFP)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 12h20.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 16, que o governo está convencido de que as medidas de corte de gastos enviadas ao Congresso serão aprovadas ainda neste ano e que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, deixou claro que a Casa está disponível para "atender o país".
"Estamos convencidos de que as medidas serão aprovadas este ano. O presidente Lira já deixou claro que, se precisar convocar a sessão de manhã, tarde e noite até quinta-feira, a Câmara vai estar disponível para atender o país", disse.
O chefe da Fazenda despachou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta manhã em São Paulo. Lula se recupera de uma cirurgia na cabeça realizada na última terça-feira, 10. A semana é considerada decisiva para o governo para aprovar o pacote de corte de gastos e a regulamentação da reforma tributária antes do recesso parlamentar.
Haddad disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo para que as medidas de corte de gastos enviadas pelo governo ao Congresso não sejam "desidratadas".
"O apelo que ele está fazendo é para que as medidas não sejam desidratadas. Nós temos um conjunto de medidas que garantem a robustez do arcabouço fiscal", disse Haddad.
O chefe da Fazenda disse que o despacho foi longo, mas absolutamente tranquilo, e que Lula está muito bem e disposto. A expectativa é que o presidente fale com os líderes do Congresso para garantir a aprovação das medidas.
"Coloquei o presidente a par da situação para que ele pudesse eventualmente tomar alguma providência ou dar algum telefonema para acelerar as coisas", afirmou.
Sobre a responsabilidade fiscal do governo, o ministro reforçou que o Brasil teria um superávit primário em 2024 se o fim da desoneração da folha de pagamento tivesse sido aprovado pelo Congresso.
"Nós só não vamos ter superávit primário em função dos R$ 45 bilhões de renúncia fiscal, que contraria o governo. O veto foi derrubado, mas faz parte da democracia."
O ministro da Fazenda afirmou que também discutiu sobre a regulamentação da reforma tributária com Lula, especialmente sobre as armas e os produtos açucarados que saíram do imposto seletivo.