Economia

Estados terão regime fiscal nos mesmos moldes de PEC do Teto

No entanto, no caso dos estados, o regime será por prazo menor e excluindo as despesas de investimento

Calculadora: de acordo com secretários, o teto para os gastos valerá por 10 anos, podendo ser revisto após seis anos (seb_ra/Thinkstock)

Calculadora: de acordo com secretários, o teto para os gastos valerá por 10 anos, podendo ser revisto após seis anos (seb_ra/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 19h31.

Última atualização em 23 de novembro de 2016 às 19h31.

Brasília, 23 - Secretários estaduais e o secretário-executivo do ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, acordaram o desenho do "novo regime fiscal" dos Estados em reunião nesta quarta-feira, 23.

Um dos principais pontos é a criação de um teto para gastos, nos moldes do que está sendo discutido para a União, mas por prazo menor e excluindo as despesas de investimento.

De acordo com secretários que participaram da reunião, o teto para os gastos valerá por 10 anos, podendo ser revisto após seis anos.

A ideia é que seja entregue na próxima segunda-feira um documento com os compromissos para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, assinado por todos os governadores.

De acordo com o secretário de Fazenda do Ceará, Mauro Benevides, os Estados enviarão às assembleias legislativas propostas de emendas constitucionais.

"Vai ser enviado no mesmo dia por todo mundo, atrelado à liberação das receitas da repatriação", afirmou.

Outro ponto do documento será o aumento da contribuição dos servidores públicos dos atuais 11% para o mínimo de 14%. As mudanças nas previdências regionais serão incluídas no projeto de lei de reforma da Previdência Social, a ser enviado pelo governo federal ao Congresso.

Também estará entre os compromissos dos governadores a criação de um fundo em cada Estado em que empresas que recebem benefícios fiscais depositarão 10% do benefícios.

Os recursos terão livre destinação e poderão ser usados pelos governadores inclusive para cobrir despesas correntes. "Estamos discutindo um pacto de austeridade para o crescimento", resumiu a secretária de Goiás, Ana Carla Abraão.

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