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Estados terão 4 anos de carência para pagar dívida com BNDES

A medida é um aceno do governo para tentar facilitar a aprovação do projeto que estabelece um programa de recuperação fiscal para Estados falidos

Aguinaldo Ribeiro: segundo o líder do governo na Câmara, a regulamentação se dará por meio de um decreto presidencial que deve ser publicado na próxima quarta-feira, 12 (foto/Agência Câmara)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de abril de 2017 às 21h35.

O líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) afirmou na noite desta quarta-feira, 4, que o Executivo regulamentará, na próxima semana, a possibilidade de Estados renegociarem suas dívidas com o BNDES .

A medida é um aceno do governo para tentar facilitar a aprovação do projeto que estabelece um programa de recuperação fiscal para Estados falidos, previsto para ser votado ainda nesta quarta-feira no plenário da Casa.

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A possibilidade de renegociação das dívidas dos Estados com o BNDES foi aprovada no projeto que estabelecia a renegociação da dívida dos Estados com a União, sancionado no ano passado.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) já tinha autorizado a renegociação, mas faltava ainda a regulamentação.

Segundo Aguinaldo, a regulamentação se dará por meio de um decreto presidencial que deve ser publicado na próxima quarta-feira, 12, e de uma resolução a ser aprovada pelo Senado.

O líder do governo afirmou que o decreto e a resolução vão prever que os Estados poderão suspender por quatro anos o pagamento de empréstimos com o BNDES que tenham sido contratados até 31 de dezembro de 2015 e cuja carência tenha cessado até 31 de dezembro de 2016.

Depois disso, explicou, poderão alongar as dívidas com o banco por outros seis anos. Segundo Aguinaldo, a medida aliviará o caixa principalmente de Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Membros da equipe econômica acompanharam, durante todo o dia, a negociação com líderes partidários para a regulamentação da renegociação das dívidas dos Estados com o BNDES em troca do apoio dos parlamentares ao projeto de recuperação fiscal.

A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, por exemplo, está no plenário da Câmara conversando com líderes sobre o tema.

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