Economia

Investidores são atraídos por estabilidade, copa e olimpíadas

De acordo com consultor, os investidores alemães querem ampliar o interesse pelo Brasil

Robinho, em jogo disputado pela seleção brasileira: investidores alemães são atraídos pela copa do mundo de 2014.  (.)

Robinho, em jogo disputado pela seleção brasileira: investidores alemães são atraídos pela copa do mundo de 2014. (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - A retomada das negociações para o livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul e a reação brasileira à crise econômica mundial motivam os investidores alemães a ampliar o interesse pelo Brasil. Aliado a esses fatores, a proximidade da realização de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 funciona como fator de atração para os europeus.  

A análise é do consultor Ingo Plöger, que coordena o Encontro Econômico Brasil-Alemanha, organizado pela Câmara Alemã e a IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional. O evento, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Bundesverband der Deutchen Industries (BDI), ocorre em Munique, na Alemanha. De 30 de maio a 1º de junho são esperados cerca de 150 empresários alemães e brasileiros em várias etapas de negociações.

"A cooperação entre o Brasil e a Alemanha tem crescido muito, inclusive surpreendendo as expectativas da União Europeia e do Mercosul", disse Plöger. "O Brasil passou a ser observado com outros olhos, sem dúvida alguma."

As exportações brasileiras para a Alemanha em 2009 atingiram US$ 6,17 bilhões. Os alemães venderam para o Brasil o equivalente a US$ 9,8 bilhões no mesmo período. A ideia é aumentar ainda mais esses valores. Segundo Plöger, a tendência é real pelo crescimento do interesse de parcerias entre empresas de pequeno e médio porte dos dois lados.

"É uma tendência real porque há interesse de firmar parcerias diretas, sem mediadores, e isso ocorre com as pequenas e médias empresas", afirmou o consultor. Para ampliar as oportunidades, durante o encontro em Munique serão apresentadas possibilidades de alianças estratégicas, de contratos de representação e de modelos de cooperação.

Segundo Plöger, no ano passado foram realizadas mais de 180 reuniões entre empresários alemães e brasileiros. Em 2010, a expectativa é de que o fórum reúna representantes de 50 empresas. Para o consultor, a retomada das negociações entre a União Europeia e o Mercosul - tema da cúpula que ainda está sendo realizada em Madri - vai representar um avanço nas negociações.

De acordo com Ingo Plöger, os entraves aos produtos agrícolas e industriais impedem que muitos negócios sejam fechados, daí a expectativa de que a partir da retomada das negociações haja avanços. "A visibilidade aumenta, o interesse também e assim há uma tendência de avanço", disse.

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