Economia

"Espanha terá crescimento e emprego de volta em 2014"

No que diz respeito a 2013, Rajoy foi, contudo, mais evasivo: "eu espero que o ano que vem seja melhor", afirmou

O chefe de governo espanhol, o conservador Mariano Rajoy: a Espanha acaba de aprovar seus orçamentos para 2013, marcados por políticas de austeridade sem precedentes (©afp.com / Javier Soriano)

O chefe de governo espanhol, o conservador Mariano Rajoy: a Espanha acaba de aprovar seus orçamentos para 2013, marcados por políticas de austeridade sem precedentes (©afp.com / Javier Soriano)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2012 às 14h26.

Madri - A Espanha retomará o crescimento econômico e a criação de empregos em 2014, afirmou o chefe de governo espanhol, o conservador Mariano Rajoy, em uma entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal El Mundo.

"Tenho certeza, e todos os organismos internacionais e os relatórios de analistas ratificam, que 2014 vai ser um ano de crescimento econômico e de criação de emprego", afirmou.

No que diz respeito a 2013, Rajoy foi, contudo, mais evasivo: "eu espero que o ano que vem seja melhor", afirmou, após reconhecer que 2012 "foi mais difícil do que prevíamos".

A quarta economia da zona do euro, atingida pelo estouro da bolha imobiliária em 2008, voltou a acreditar em recessão no final de 2011, menos de dois anos depois de ter saído dela. O governo de Rajoy prevê uma contração do PIB de 1,5% em 2012, e uma nova queda de 0,5% em 2013.

Apesar de se declarar decidido a seguir as reformas, o chefe do executivo espanhol afirma estar disposto a revisar algumas delas quando a situação econômica permitir. "Na medida em que a atividade econômica melhore e a administração consiga mais receitas, modificaremos algumas decisões, como a alta dos impostos de renda das pessoas físicas", afirmou.

Em uma entrevista de quatro páginas, Rajoy negou que seu governo esteja "destruindo o estado de bem-estar". "O maior inimigo do estado de bem-estar é uma dívida que leve ao colapso", considerou.

A Espanha acaba de aprovar seus orçamentos para 2013, marcados por políticas de austeridade sem precedentes com ajustes de 39 bilhões de euros, destinados a reduzir o déficit público. A política de rigor é cada vez mais contestada pelos economistas, percebida como um freio à recuperação e criticada por suas consequências sociais a longo prazo.

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