Economia

Espanha pedirá "em torno de 40" bi à zona do euro

Os bancos espanhóis em dificuldades precisam de 59,3 bilhões de euros para se recapitalizar, depois do estouro da bolha imobiliária de 2008


	O secretário de Economia do Estado, Fernando Jiménez Latorre: "Estaríamos falando de uma cifra em torno de 40 (bilhões)", afirmou o secretário do Economia de Estado
 (©AFP / Dominique Faget)

O secretário de Economia do Estado, Fernando Jiménez Latorre: "Estaríamos falando de uma cifra em torno de 40 (bilhões)", afirmou o secretário do Economia de Estado (©AFP / Dominique Faget)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2012 às 14h51.

Madri - A Espanha deve pedir em torno de 40 bilhões de euros, dos 100 bilhões oferecidos por seus sócios europeus, para sanear seus bancos, afirmou o governo espanhol nesta sexta-feira, depois de apresentar o resultado de uma auditoria que avaliou as necessidades de capital em 59,3 bilhões.

"Estaríamos falando de uma cifra em torno de 40 (bilhões)", afirmou sobre o pedido de ajuda à zona do euro, o secretário de Economia do Estado, Fernando Jiménez Latorre, já que uma parte do capital necessário pode vir de outras fontes, como da venda de ativos dos bancos.

Os bancos espanhóis em dificuldades precisam de 59,3 bilhões de euros para se recapitalizar, depois do estouro da bolha imobiliária de 2008, segundo auditoria realizada pelo escritório norte-americano Oliver Wyman.

O Banco de Espanha, contudo, destacou que "as necessidades de capital identificadas (...) não representam a cifra final da ajuda pública aos bancos".

"Esta ajuda pode ser significativamente inferior, já que serão determinadas levando-se em conta as medidas previstas nos planos de recapitalização que serão apresentados pelas entidades", informou.

Dos 14 bancos analisados (90% do setor) em um teste de estresse, o resgatado Bankia é o que precisa de maiores injeções de capital, uma quantia estimada em 24,7 bilhões de euros.

Os outros três bancos mais necessitados de capital são, como era esperado, as outras entidades que sofreram intervenção do Estado: Catalunya Caixa (10,825 bilhões de euros), Novacaixa Galícia (7,176 bilhões de euros) e Banco de Valencia (3,462 bilhões de euros).

Sete dos 14 bancos analisados, entre eles o Santander, BBVA e Caixabank, não precisarão de capital adicional.

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