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Espanha apresenta atrativo para investidores nos EUA

O secretário de Estado de Comércio, Jaime García-Legaz, destacou que a Espanha já está colhendo "os primeiros frutos" de todas as reformas feitas na economia do país

Moedas de Euro sobre o mapa de Madri: o corresponsável global de Economia da Morgan Stanley Joachim Fels, surpreendeu o auditório ao assegurar que a Espanha poderia se transformar na "Alemanha do futuro". (Sean Gallup/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 16h14.

Washington - O governo espanhol defendeu nesta terça-feira em Washington que, apesar da crise europeia, a Espanha é um país cheio de oportunidades para os investidores estrangeiros ao apresentar algumas de suas vantagens competitivas e destacar um mercado de trabalho com "jovens preparados e talentosos".

Em um evento aberto ao público na embaixada espanhola, o secretário de Estado de Comércio, Jaime García-Legaz, destacou que a Espanha já está colhendo "os primeiros frutos" de todas as reformas feitas, tanto em uma "redução drástica" da dívida privada como "na melhora de sua competitividade".

"Estão transferindo à Espanha fábricas da França e de outros países europeus, inclusive, da Europa do Leste graças a suas vantagens competitivas, derivadas e, entre outras coisas, a reforma laboral", apontou García-Legaz, que admitiu que, apesar do Executivo de Madri não esperar um "boom" do PIB, as bases de um país atrativo e seguro para se investir já foram firmadas.

Além disso, o espanhol assegurou que há "um grande número de jovens talentosos e preparados" desejando trabalhar por salários "muito razoáveis" na Espanha.

Além da competitividade e do capital humano, o terceiro fator que faz da Espanha um país atrativo para os investidores é, de acordo com García-Legaz, sua capacidade exportadora, que disparou nos últimos tempos, principalmente em direção à Ásia, África e América.


"Aproximadamente 33% do PIB espanhol são exportações. Isto é um recorde para nossa economia, já que só ficamos atrás da Alemanha, mas acima de países como a França e o Reino Unido", indicou o secretário de Estado de Comércio, que também destacou o grande crescimento da venda de produtos e serviços a países emergentes, como a China e o Brasil.

Com García-Legaz concordou com o corresponsável global de Economia da Morgan Stanley Joachim Fels, que surpreendeu o auditório ao assegurar que a Espanha poderia se transformar na "Alemanha do futuro".

"Muito do que estou vendo agora na Espanha me faz lembrar o que vi na Alemanha durante os anos 90. Eles também passaram por uma crise importante - embora não tão profunda como a espanhola - e conseguiram alcançar importantes reformas interiores, especialmente no mercado de trabalho", indicou Fels.

Fels lembrou que a Alemanha saiu da crise e, atualmente, "as exportações possuem um papel importante" em sua economia.

Por outro lado, o economista da Morgan Stanley não descartou que a Alemanha possa se transformar na Espanha de dez anos atrás, como consequência de uma alta generalizada dos salários no país e de uma mudança de mentalidade em seus cidadãos, que "aprenderão a amar a inflação"

"A boa inflação não é aquela lembrada dos anos de entre as guerras do último século", completou o economista.

De acordo com Fels, a integração bancária e fiscal da Europa supõe "um imperativo" nesta situação de crise e lembrou que "Europa só progride através das crises", já que é neste momento que os governos se veem entre a cruz e a espada e "apostam por atacado na integração".

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Washington - O governo espanhol defendeu nesta terça-feira em Washington que, apesar da crise europeia, a Espanha é um país cheio de oportunidades para os investidores estrangeiros ao apresentar algumas de suas vantagens competitivas e destacar um mercado de trabalho com "jovens preparados e talentosos".

Em um evento aberto ao público na embaixada espanhola, o secretário de Estado de Comércio, Jaime García-Legaz, destacou que a Espanha já está colhendo "os primeiros frutos" de todas as reformas feitas, tanto em uma "redução drástica" da dívida privada como "na melhora de sua competitividade".

"Estão transferindo à Espanha fábricas da França e de outros países europeus, inclusive, da Europa do Leste graças a suas vantagens competitivas, derivadas e, entre outras coisas, a reforma laboral", apontou García-Legaz, que admitiu que, apesar do Executivo de Madri não esperar um "boom" do PIB, as bases de um país atrativo e seguro para se investir já foram firmadas.

Além disso, o espanhol assegurou que há "um grande número de jovens talentosos e preparados" desejando trabalhar por salários "muito razoáveis" na Espanha.

Além da competitividade e do capital humano, o terceiro fator que faz da Espanha um país atrativo para os investidores é, de acordo com García-Legaz, sua capacidade exportadora, que disparou nos últimos tempos, principalmente em direção à Ásia, África e América.


"Aproximadamente 33% do PIB espanhol são exportações. Isto é um recorde para nossa economia, já que só ficamos atrás da Alemanha, mas acima de países como a França e o Reino Unido", indicou o secretário de Estado de Comércio, que também destacou o grande crescimento da venda de produtos e serviços a países emergentes, como a China e o Brasil.

Com García-Legaz concordou com o corresponsável global de Economia da Morgan Stanley Joachim Fels, que surpreendeu o auditório ao assegurar que a Espanha poderia se transformar na "Alemanha do futuro".

"Muito do que estou vendo agora na Espanha me faz lembrar o que vi na Alemanha durante os anos 90. Eles também passaram por uma crise importante - embora não tão profunda como a espanhola - e conseguiram alcançar importantes reformas interiores, especialmente no mercado de trabalho", indicou Fels.

Fels lembrou que a Alemanha saiu da crise e, atualmente, "as exportações possuem um papel importante" em sua economia.

Por outro lado, o economista da Morgan Stanley não descartou que a Alemanha possa se transformar na Espanha de dez anos atrás, como consequência de uma alta generalizada dos salários no país e de uma mudança de mentalidade em seus cidadãos, que "aprenderão a amar a inflação"

"A boa inflação não é aquela lembrada dos anos de entre as guerras do último século", completou o economista.

De acordo com Fels, a integração bancária e fiscal da Europa supõe "um imperativo" nesta situação de crise e lembrou que "Europa só progride através das crises", já que é neste momento que os governos se veem entre a cruz e a espada e "apostam por atacado na integração".

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