Economia

Espanha acusa Tsipras de "não entender as regras do jogo"

García-Margallo comparou a atitude do Executivo de Atenas à de um vizinho que se nega na junta de sua comunidade a pagar as cotas


	O chanceler da Espanha, Manuel Garcia-Margallo: ministro espanhol opinou que o "direito a decidir não é unilateral quando se vive em comunidade"
 (Dani Pozo/AFP)

O chanceler da Espanha, Manuel Garcia-Margallo: ministro espanhol opinou que o "direito a decidir não é unilateral quando se vive em comunidade" (Dani Pozo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2015 às 09h45.

Madri - O ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, acusou nesta quarta-feira o governo grego de Alexis Tsipras de "não entender as regras do jogo" e salientou que o direito a decidir "não é unilateral quando se vive em comunidade".

Nos corredores do Congresso espanhol, García-Margallo comparou a atitude do Executivo de Atenas à de um vizinho que se nega na junta de sua comunidade a pagar as cotas porque decidiu isso em uma votação com sua mulher e seus filhos.

García-Margallo se referiu assim ao referendo grego do domingo passado, no qual a população rejeitou a proposta dos credores internacionais da dívida grega.

O ministro espanhol opinou que o "direito a decidir não é unilateral quando se vive em comunidade", e que "o que afeta todos deve ser decidido em conjunto".

Segundo sua opinião, isso é o que até agora o governo de Tsipras "não entendeu", razão pela qual considera necessário que a Grécia aprenda a "entender as regras do jogo e depois a acatá-las".

"Entendê-las quer dizer que deve respeitar o que os outros 18 países tenham decidido votar também em defesa de seus contribuintes", comentou o ministro.

Segundo García-Margallo, Tsipras decidiu iniciar um programa que "arruinou os esforços e resultados" do conservador Antonis Samaras, que quando abandonou o Executivo, meses atrás, deixou uma "dívida sustentável", segundo um relatório do FMI.

De acordo com o ministro espanhol, a Grécia precisa de nova ajuda financeira e, para consegui-la, "deve pôr em cima da mesa os esforços que vai fazer para controlar suas finanças publicas e para que comece a crescer e criar emprego".

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