Escândalo da Petrobras pode levar Brasil à recessão, diz NYT
Blog do jornal americano The New York Times diz que crise da Petrobras pode comer 0,75 ponto percentual do crescimento este ano, empurrando país para recessão
João Pedro Caleiro
Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 16h36.
São Paulo - O escândalo de corrupção na Petrobras pode empurrar o Brasil para uma recessão, diz um texto do The New York Times publicado ontem.
O jornal americano usa números do economista Samuel Pêssoa, do IBRE/FGV, que estimam em 10% o peso da empresa na economia do país.
O corte nos investimentos neste ano poderia comer 0,75 ponto percentual do crescimento. Como a economia brasileira já vem de uma estagnação, isso significaria afundar o país em uma recessão (e isso sem nem citar as possibilidades de racionamento ).
O texto do jornal diz que o efeito da Petrobras sobre o resto da economia começa pelos fornecedores e prestadores de serviços da empresa, que tiveram pagamentos interrompidos e não podem entrar em novos contratos.
Dessa forma, perdem tanto o fluxo de caixa quanto a capacidade de captar recursos no mercado, o que pode gerar uma onda de falências, além de vendas de ativos e fusões e aquisições.
Sem balanço auditado, a Petrobras não pode captar no mercado. E como ela era a referência internacional de investimento, todas as outras são afetadas.
Janeiro, que costuma ser um mês de emissão forte de obrigações de grandes companhias, não teve nenhum movimento do tipo em 2015. Bancos muitos expostos ao setor também podem ser prejudicados, mas com riscos bem menores de falência, diz o jornal.
São Paulo - O escândalo de corrupção na Petrobras pode empurrar o Brasil para uma recessão, diz um texto do The New York Times publicado ontem.
O jornal americano usa números do economista Samuel Pêssoa, do IBRE/FGV, que estimam em 10% o peso da empresa na economia do país.
O corte nos investimentos neste ano poderia comer 0,75 ponto percentual do crescimento. Como a economia brasileira já vem de uma estagnação, isso significaria afundar o país em uma recessão (e isso sem nem citar as possibilidades de racionamento ).
O texto do jornal diz que o efeito da Petrobras sobre o resto da economia começa pelos fornecedores e prestadores de serviços da empresa, que tiveram pagamentos interrompidos e não podem entrar em novos contratos.
Dessa forma, perdem tanto o fluxo de caixa quanto a capacidade de captar recursos no mercado, o que pode gerar uma onda de falências, além de vendas de ativos e fusões e aquisições.
Sem balanço auditado, a Petrobras não pode captar no mercado. E como ela era a referência internacional de investimento, todas as outras são afetadas.
Janeiro, que costuma ser um mês de emissão forte de obrigações de grandes companhias, não teve nenhum movimento do tipo em 2015. Bancos muitos expostos ao setor também podem ser prejudicados, mas com riscos bem menores de falência, diz o jornal.