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Equador quer renegociar contratos de petróleo com China e Tailândia

O Equador quer renegociar contratos com China e da Tailândia que dão dinheiro em troca de parte da produção de petróleo do país até 2024

O governo equatoriano afirma que o país está sendo prejudicado com os atuais contratos (David McNew/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de julho de 2018 às 14h03.

Quito - O Equador deseja renegociar contratos no setor de petróleo com empresas da China e da Tailândia , que entregaram dinheiro ao país em troca de receber parte de sua produção da commodity até 2024. Agora, porém, os equatorianos argumentam que os termos do negócio geram perdas ao Estado.

Gerente-geral da empresa estatal Petroecuador, Byron Ojeda afirmou na terça-feira em entrevista coletiva que já começaram as conversas e que os interesses do país serão defendidos. Ojeda acrescentou que as perdas para o Equador crescem a cada dia por causa dos contratos, mas que enquanto não houver solução para as divergências continuarão as entregas do produto como combinado.

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As companhias Petrochina e Unipec, ambas da China, e a PetroTailandia entregaram desde 2011 cerca de US$ 5,3 bilhões ao Estado equatoriano, em troca de uma parte da produção futura de petróleo, segundo uma fórmula que agora é questionada pela companhia equatoriana.

Na época, estava no poder o presidente Rafael Correa, que buscava fontes alternativas de financiamento para levar adiante um ambicioso programa de infraestrutura. Correa considerou esses negócios não como uma dívida, mas sim como uma pré-venda de petróleo.

Uma recente avaliação dos termos do convênio, porém, mostrou que o valor gerado pelo petróleo equatoriano no acordo chegaria a US$ 22 bilhões. Diante disso, os principais executivos da Petroecuador foram na semana passada a Houston, nos Estados Unidos, para renegociar com representantes da Petrochina e da Unipec. Na próxima semana farão o mesmo com a PetroTailandia.

O Equador é integrante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e vende petróleo para financiar cerca de um quarto de seu orçamento fiscal, ou cerca de US$ 7,5 bilhões.

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