Economia

Não fazer concessões é burrice, diz Jaques Wagner

Jaques Wagner, governador da Bahia, disse que foi em seu governo que se voltou a planejar e investir em infraestrutura


	Atendimento no Hospital do Subúrbio, em Salvador: o hospital foi o primeiro concessionado no estado e também o primeiro a ser construído na cidade em 20 anos
 (Fernando Vivas/EXAME.com)

Atendimento no Hospital do Subúrbio, em Salvador: o hospital foi o primeiro concessionado no estado e também o primeiro a ser construído na cidade em 20 anos (Fernando Vivas/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 14h07.

Salvador - O governador da Bahia, Jaques Wagner, se defendeu das críticas de que os governos petistas são contra concessões e de que os estados do Nordeste pecam pela falta de planejamento na hora de investir em infraestrutura. 

Falando a uma plateia de empresários no EXAME Fórum Nordeste, que acontece nesta terça-feira em Salvador, Wagner defendeu as concessões feitas pelo seu governo.

Segundo ele, o melhor hospital da Bahia é concedido. Ele se referia ao Hospital do Subúrbio, que abriu em 2010, e foi também o primeiro a ser construído em Salvador em 20 anos. O empreendimento foi construído via Parceria Público Privada (PPP) e prevê uma concessão de 10 anos.

"Eu acho uma burrice não usar o modelo de concessão para fazer investimentos", disse o governador.

Wagner falou também sobre as críticas de que o Nordeste não conseguia resolver seus problemas de infraestrutura por falta de planejamento da gestão pública. "A época áurea da falta de planejamento foi a época do absolutismo do livre mercado, quando o mercado regulava tudo e ninguém planejava nada", disse

"Nós não paramos de planejar, pelo contrário, fomos nós que retomamos o planejamento", concluiu.

Ele falou também sobre a necessidade de o governo federal olhar para o Nordeste na hora de fazer investimentos. "Por muito tempo nós sustentamos os investimentos no Nordeste, mas como é que a gente vai crescer se o governo se recusa a investir aqui?", criticou.

Segundo ele, é como o dilema do ovo e da galinha: não se concessiona aeroporto no Nordeste porque não tem demanda de passageiros; mas não tem demanda de passageiros porque não há aeroportos. O mesmo acontece com as estradas: não se leiloa rodovias na região porque não há fluxo suficiente, mas não há grande circulação porque as estradas são ruins.

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