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Empréstimos do BNDES não devem superar R$ 65 bilhões em 2017

Segundo o presidente do BNDES, a disposição de investimento no país caiu, no mínimo, 30%

Rabello: "não vamos conseguir nem repor a depreciação do capital fixo nacional.", disse o presidente do BNDES (Wilson Dias/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de agosto de 2017 às 14h35.

São Paulo - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) , Paulo Rabello de Castro, disse nesta segunda-feira, 14, que, diante do quadro de baixa atividade econômica e pouca disposição das empresas em realizar investimentos, dificilmente os empréstimos do banco de fomento vão superar R$ 65 bilhões neste ano.

"Em 2017, se o BNDES emprestar mais de R$ 65 bilhões vai ser muito porque a economia brasileira está anêmica", comentou o economista durante palestra na sede de Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no centro da capital paulista.

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Pela manhã, o banco anunciou que os desembolsos no primeiro semestre deste ano foram de R$ 33,5 bilhões, queda de 17% em relação a igual período de 2016.

Segundo Rabello, a disposição de investimento no País caiu, no mínimo, 30% e, de outro lado, as grandes empreiteiras nacionais perderam cadastro para tocar projetos com o banco em decorrência de crimes descobertos pela Lava Jato.

Ele destacou ainda o papel do BNDES, por onde passam 90% do crédito, e outros bancos de investimento apontando que, sem eles, o investimento vai cair de 15% para 6% como proporção do Produto Interno Bruto (PIB). "Não vamos conseguir nem repor a depreciação do capital fixo nacional. Estamos em processo de envelhecimento do capital nacional", declarou.

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