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Empresários do Brics vão sugerir troca direta de moeda

Proposta visa permitir a troca direta de moedas entre os países para facilitar e baratear os custos de transação

Líderes dos Brics: proposta de empresários visa troca direta de moedas entre os países do bloco (Sergei Karpukhin/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2014 às 17h39.

Fortaleza - Os empresários dos países que compõem o Brics (Brasil, Rússia , Índia , China e África do Sul ) vão apresentar amanhã (15), na reunião de chefes de Estado do grupo, um documento com sugestões para aprimorar a economia do bloco.

Uma das propostas é permitir a troca direta de moedas entre os países, para facilitar e baratear os custos de transação. Segundo o presidente da sessão brasileira do Conselho Empresarial do Brics, Rubens De La Rosa, a transação deverá ser feita no âmbito do Banco de Desenvolvimento do Brics, que deve ter sua criação formalizada na reunião de amanhã.

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“Isso vai permitir que, se eu tiver que fazer uma remessa à Índia, eu não tenha que converter [o valor] em dólares e depois em rupias, gerando custos de transação. Assim, teremos pequenas baixas que diminuirão o custo financeiro de operação. É uma medida simples e possível de ser feita no ambiente do banco”, explicou Rosa.

Para os empresários, a criação de um banco para o bloco irá acelerar o comércio, negócios e investimentos entre os países do Brics.

Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, o banco será importante para todas as empresas dos cinco países, principalmente por permitir que investimentos entre eles tenham mecanismos de financiamento internacional com garantias dadas pelas matrizes das empresas. “É muito difícil para uma empresa fazer investimento lá fora simplesmente com seus próprios recursos. Então, esse mecanismo será fundamental para aumentar o número de empresas brasileiras com investimentos no exterior”, afirmou Andrade.

Os empresários vão sugerir também medidas para facilitar a emissão de vistos de negócios e a redução das barreiras não tarifárias, como restrições técnicas e fitossanitárias. “Hoje, as empresas brasileiras estão sujeitas a regras de agências reguladoras e, muitas vezes, os produtos importados não atendem às mesmas especificações, nem estão sujeitos às mesmas regras. O que queremos é que a empresa brasileira compita no mesmo ambiente, que os produtos importados tenham que atender às mesmas especificações dos produtos brasileiros”, ressaltou o presidente da CNI.

Na tarde de hoje, mais de 700 empresários dos países do bloco participaram do encontro organizado pela CNI, realizado paralelamente à 6ª Cúpula do Brics. Durante o evento, o Conselho Empresarial do Brics vai debater as expectativas econômicas e de integração do bloco. Para a noite de hoje, está prevista uma rodada de negócios, que deve reunir representantes de mais de 600 empresas dos cinco países e movimentar US$ 3,9 bilhões.

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