Economia

Emprego tem queda de 0,5% em outubro

Depois de dois meses mostrando abertura de postos de trabalho, os indicadores do nível de emprego industrial foram negativos em outubro. Na série ajustada sazonalmente pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Geografia Estatística (IBGE), entre setembro e outubro houve queda de 0,5% no contingente de trabalhadores (sem o ajuste, ela foi de 0,2%). Em relação […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h42.

Depois de dois meses mostrando abertura de postos de trabalho, os indicadores do nível de emprego industrial foram negativos em outubro. Na série ajustada sazonalmente pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Geografia Estatística (IBGE), entre setembro e outubro houve queda de 0,5% no contingente de trabalhadores (sem o ajuste, ela foi de 0,2%). Em relação a outubro de 2002, a perda foi de 1,6%, taxa mais acentuada do que as registradas em agosto (-0,7%) e em setembro (-1,0%).

Com isso, o emprego industrial apresentou queda de 0,5% no acumulado do ano (janeiro-outubro) e no acumulado dos últimos doze meses, a taxa ficou em -0,4%.

A queda, entretanto, não reverteu a trajetória ligeiramente positiva do emprego industrial nas médias trimestrais. Segundo este indicador, houve um avanço de 0,2% na passagem do trimestre encerrado em setembro para o trimestre encerrado em outubro.

De acordo com o IBGE, a indústria de São Paulo (-0,9%) exerceu a principal pressão negativa e os ramos com queda de emprego mais significativa foram: papel e gráfica (-5,6%), fabricação de meios de transporte (-3,8%) e produtos químicos (-4,0%). A indústria do Rio Grande do Sul (2,9%) teve o resultado positivo de maior impacto sobre a taxa global.

Em relação a outubro de 2002, foi registrada a sétima taxa negativa consecutiva (-1,6%), conseqüência de reduções observadas em 11 das 14 áreas e 10 das 18 divisões pesquisadas.

No indicador acumulado no ano (-0,5%), predominaram taxas negativas em nove locais pesquisados. Além de São Paulo (-1%), a pressão negativa também veio da região Nordeste (-2,1%) e do Rio de Janeiro (-3,9%). As regiões Norte e Centro-Oeste continuaram na liderança regional, com aumento de 4,3% no índice de emprego, influenciada, sobretudo, pelas admissões no setor de alimentos e bebidas (9,3%).

Em outubro, a folha de pagamento apresentou o terceiro resultado negativo consecutivo. Na comparação com o mês anterior, em termos reais e com ajuste sazonal, os salários foram reduzidos em 0,1%. Essa pequena redução foi confirmada pelo índice de média móvel trimestral, que apresentou perda de 0,7% no valor real da folha de pagamento entre os trimestres encerrados em outubro e setembro deste ano.

Nos demais indicadores, a folha de pagamento da indústria brasileira permaneceu apresentando perda real: -3,6% em relação a outubro de 2002; -5,9% no acumulado do ano e -5,6% nos últimos doze meses. Quanto à folha real média de pagamento, também foram registrados resultados negativos nas principais comparações: -2,1% no mensal; -5,4% no acumulado do ano e -5,2% nos últimos doze meses.

Sem o ajuste sazonal, houve crescimento de 1,9% no valor real da folha de pagamento.

Na comparação com outubro do ano passado, o IBGE observou reduções na folha de pagamento em 11 dos 14 locais pesquisados. Na formação da taxa global de -3,6%, as indústrias de São Paulo (-4,3%) e, conseqüentemente, as da região Sudeste (-4,8%), continuaram respondendo pelas principais contribuições negativas.

A maior queda, no entanto, foi no Rio de Janeiro: -10,3%. Por outro lado, as regiões Norte e Centro-Oeste (3,4%), Espírito Santo (2,8%) e Rio Grande do Sul (0,1%) apresentaram expansão na folha de pagamento real, na comparação com outubro de 2002.

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