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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.
A indústria brasileira reduziu em 0,4% o número de postos de trabalho em 2006. A constatação faz parte da Pesquisa Industrial Mensal de Empregos e Salários, divulgada nesta sexta-feira (13/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento, oito locais e 11 segmentos tiveram corte de vagas este ano. O maior número de dispensas foi verificado no Rio Grande do Sul (8,9%), seguido pelo Paraná (2,8%) e pela região Nordeste (2%). A crise no setor de calçados e artigos de couro foi o principal motivo para as demissões. De janeiro a agosto, a indústria calçadista reduziu em 13% sua mão-de-obra. O setor de madeira também passa por um período difícil, tendo demitido 9,6% de sua força de trabalho este ano.
Em compensação, a indústria de refino de petróleo e produção de álcool expandiu-se em 2006 e aumentou em 12,7% o número de empregados. O setor de alimentos e bebidas também apresentou forte crescimento, elevando em 8,3% sua força de trabalho. Com isso, a região Norte e Centro-Oeste foi a maior beneficiada, com aumento de 9,6% na população ocupada, seguida por Minas Gerais (1,3%) e São Paulo (0,8%).
Renda
Na média nacional, os salários permaneceram estáveis em 2006. Em oito locais e dez setores analisados pelo IBGE, no entanto, foi constada redução. O Sul do país é a região mais afetada, tendo registrado queda de 8% no Rio Grande do Sul, 4,8% no Paraná e 3,3% em Santa Catarina. O indústria madeireira foi a que mais reduziu salários, 11,9%.
Já na região Norte e Centro-Oeste, os trabalhadores receberam aumento médio de 9,3%, enquanto em São Paulo o reajuste foi de 2%. O setor de máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações foi o que mais aumentou a remuneração dos funcionários (9,1%), seguido por alimentos e bebidas, com 6%.
Agosto
Em agosto, o emprego na indústria apresentou leve queda, de 0,1%. O número de horas pagas, no entanto, aumentou 0,3% em relação a julho e 0,1% em comparação a agosto do ano passado. O maior reajuste pode ver visto na indústria de refino de petróleo e produção de álcool, que no mês retrasado pagou 15,6% a mais a seus funcionários que no mesmo período de 2005.