Economia

Emprego na indústria aumenta pelo terceiro mês consecutivo, informa o IBGE

A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, do IBGE, mostra que o mês de maio registrou aumento de 0,4% no total de vagas na comparação com o mês anterior e recuo de 1,6% na comparação com maio de 2001 e de -1,7% no acumulado do ano. O aumento observado entre abril e maio (0,4%) […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h43.

A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, do IBGE, mostra que o mês de maio registrou aumento de 0,4% no total de vagas na comparação com o mês anterior e recuo de 1,6% na comparação com maio de 2001 e de -1,7% no acumulado do ano. O aumento observado entre abril e maio (0,4%) foi o terceiro consecutivo, totalizando um crescimento acumulado de 1,3% entre fevereiro e maio deste ano.

Na comparação com o mês anterior, 11 dos 14 locais pesquisados aumentaram o número de empregados em maio último. Em termos de contribuição para a formação da taxa global, destacou-se a região Sudeste (0,8%), principalmente os estados de São Paulo (0,4%) e Rio de Janeiro (2,5%), sendo que este último registrou a maior taxa entre os locais pesquisados. Do lado negativo, apenas a região Nordeste (-0,7%) e os estados de Santa Catarina (-0,3%) e Ceará (-0,7%) apresentaram queda no emprego. Em nível setorial, foram assinalados aumentos em nove das 18 atividades, sendo que as principais pressões positivas foram exercidas por alimentos e bebidas (2,8%), refino de petróleo e produção de álcool (8,9%) e papel e gráfica (1,2%).

No confronto com maio do ano passado, houve redução de -1,6%, refletindo a diminuição do emprego em 14 setores. As principais influências negativas vieram de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-14,3%), fabricação de meios de transporte (-4,1%) e borracha e plástico (-4,8%), enquanto que os destaques positivos ficaram com refino de petróleo e produção de álcool (36,9%), alimentos e bebidas (2,8%), fumo (16,6%) e papel e gráfica (1,2%). Por local, observa-se a região Sudeste (-3,4%), sobretudo os estados de São Paulo (-4,1%) e Rio de Janeiro (-4,6%) pressionando negativamente o resultado global. Dentre os cinco locais com taxas positivas, a mais significativa ocorreu em Santa Catarina (4,4%).

No período acumulado janeiro-maio foi registrado um recuo de 1,7%, com nove áreas e 14 divisões reduzindo o contingente de trabalhadores. Assim como no indicador mensal, a região Sudeste (-3,4%), especialmente São Paulo (-3,6%) e Rio de Janeiro (-6,0%) foram as áreas que exerceram os principais impactos negativos na formação da taxa global.

O valor da folha de pagamento do setor industrial mostra, em maio, o terceiro aumento real consecutivo na comparação com o mês anterior: crescimento de 1,2%. Nos demais confrontos, entretanto, os resultados ainda são negativos: -1,6% em relação a maio do ano passado e -2,5% no acumulado no ano. O valor médio da folha de pagamento, por sua vez, se eleva na passagem de abril para maio (0,8%) e em relação a maio do ano passado (0,1%), e se retrai segundo o indicador acumulado no ano (-0,8%).

A expansão de 1,2% em relação a abril é conseqüência de acréscimos em 11, dos 18 setores, e em oito, das 14 áreas pesquisadas. Em nível setorial, destaca-se com o principal impacto positivo na formação da taxa global o ramo produtor de alimentos e bebidas (11,0%) e, negativamente, o de meios de transporte (-5,9%).

No confronto com maio do ano passado, a folha de pagamento da indústria se reduz pela quinta vez consecutiva: em maio, a queda foi de 1,6%. Em 12, dos 18 setores pesquisados, há queda real no valor da folha de pagamento. A de maior impacto no resultado global é, mais uma vez, observada no setor produtor de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-17,3%). Entre os segmentos com expansão destaca-se, com a maior influência, o de alimentos e bebidas (13,5%). Regionalmente, são observadas reduções na folha de pagamento de oito locais pesquisados. São Paulo (-3,2%) e, por conseqüência, a região Sudeste (-2,7%), são as áreas que mais pressionam negativamente o resultado global. Já as que mais influenciam de forma positiva são as das regiões Sul (1,8%) e Norte e Centro-Oeste (5,8%).

No indicador acumulado no ano, também predomina um quadro de redução na folha de pagamento que atinge, no total do país, 12 setores pesquisados. Respondendo pelas maiores contribuições negativas no resultado global, figuram os setores produtores de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-16,6%) e de meios de transporte (-5,6%). Em sentido contrário, destacam-se as indústrias de alimentos e bebidas (2,1%) e de coque, refino de petróleo e produção de álcool (16,1%).

No corte regional, ainda no indicador acumulado no ano, constatam-se reduções no valor da folha de pagamento na metade das 14 áreas investigadas. As indústrias de São Paulo (-5,3%) e da região Sudeste (-4,1%) são, também neste confronto, as que mais pressionam negativamente o resultado global. Do lado positivo, as maiores influências são exercidas pelas indústrias da região Sul (1,9%), do Rio Grande do Sul (3,1%) e de Santa Catarina (3,6%).

O número de horas pagas do setor industrial registra, em maio, o terceiro aumento consecutivo na comparação com o mês anterior (1,3%). Nos demais indicadores, no entanto, permanece em queda: -2,4% em relação a maio do ano passado e -2,5% no acumulado do ano. Este comportamento também é verificado no pagamento da jornada média de trabalho, que registrou crescimento de 1,0% de abril para maio e reduções nos demais confrontos: -0,8% frente a maio de 2001 e -0,7% no acumulado do ano.

Entre abril e maio, o total de horas pagas se expandiu na maioria dos locais pesquisados. A região Nordeste (-0,8%) representou a única influência negativa na formação da taxa global. As indústrias da região Sudeste (1,8%) e, em especial, a de São Paulo (1,6%), são as que mostram os acréscimos de maior impacto na formação do resultado global, enquanto que as do Espírito Santo (3,0%) e do Rio de Janeiro (2,8%) exibem as maiores taxas de crescimento. Em nível setorial, verifica-se avanço em 14 dos 18 setores investigados.

No confronto com igual mês do ano anterior, a indústria brasileira reduz mais uma vez o total de horas pagas (-2,4%). Para este resultado desfavorável contribuíram oito dos 14 locais pesquisados. As quedas que mais influenciam a redução global são observadas na região Sudeste (-4,5%) e em São Paulo (-5,4%). Entre as cinco áreas que expandem a jornada de trabalho, destaca-se com o principal impacto Santa Catarina com crescimento de 3,2%.

O indicador acumulado no ano revela uma queda de 2,5%, no número de horas pagas do total do país, fruto de decréscimos generalizados (15 em 18 setores). Por fim, o indicador de médias móveis trimestrais do número de horas pagas, em maio, permanece sinalizando uma melhora em relação a abril (1,8%), acompanhando a suave recuperação apontada pelo nível do emprego, na mesma comparação.

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