Economia

Emprego na construção acumula queda de 14,5% em 12 meses

Entre janeiro e novembro de 2016, houve corte de 461.849 vagas em todo o país

Construção: o agravamento do desemprego na construção já era esperado pelo setor (Sean Gallup/Getty Images)

Construção: o agravamento do desemprego na construção já era esperado pelo setor (Sean Gallup/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 11h59.

O nível de emprego na construção civil registrou queda de 14,5% no acumulado de 12 meses até novembro, gerando um saldo negativo de 437 mil postos de trabalho.

Os dados foram divulgados pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Entre janeiro e novembro de 2016, houve corte de 461.849 vagas em todo o país. Desconsiderando efeitos sazonais, foram fechadas 26.917 vagas em novembro. O nível de emprego caiu 2,20% em novembro na comparação com outubro, a 26ª queda consecutiva.

A deterioração do mercado de trabalho afetou quase todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foram anotados no Norte (-3,71%) e no Centro-Oeste (-2,67%).

Quedas acentuadas

Por segmento, preparação de terreno e infraestrutura observaram as maiores quedas em novembro, de 3,73% e 3,31%, respectivamente. No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento imobiliário teve a maior queda (-17,66%), seguido por preparação de terreno (-14,77%).

O agravamento do desemprego na construção, com o fechamento de mais de 58 mil postos de trabalho, já era esperado pelo setor, considerando a queda contínua no volume de obras.

Segundo o sindicato, o volume de novas obras deve continuar reduzido nos próximos meses, o que poderia ser amenizado por medidas emergenciais e mais reformas microeconômicas.

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