Emprego na A.Latina cresce acompanhado por informalidade
A OIT recomendou que programas sociais se concentrem na especialização de cidadãos para que consigam trabalhos qualificados
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2016 às 14h14.
O emprego na América Latina e no Caribe registrará um pequeno crescimento em 2016; contudo, ainda será marcado pela informalidade, informa a Organização Internacional do Trabalho em um relatório divulgado nesta quarta-feira.
A OIT recomendou que programas sociais se concentrem na especialização de cidadãos para que consigam trabalhos qualificados.
"Espera-se que o crescimento do emprego alcance 1,6% em 2016, enquanto entre 2008 e 2013 a média registrada foi de 2,7%", disse a OIT em seu relatório "Soluções Eficazes: Políticas Ativas do Mercado de Trabalho na América Latina e no Caribe".
De acordo com dados atuais, o desemprego na região subiu 6,9% em 2015, o crescimento dos salários ficou estagnado e se espera que a informalidade se intensifique nos próximos meses para quase 50% da população empregada.
"Na Bolívia, em Honduras e na Nicarágua a proporção do emprego informal continua superando os 70%, enquanto que na Colômbia, no México e no Peru equivale a 50%", detalha o relatório, que considera a informalidade um problema estrutural.
Embora a população com emprego na América Latina e no Caribe tenha crescido de 57,3% para 61% nos últimos 15 anos e a proporção de trabalhadores pobres tenha sido reduzida à metade, de 17,8% a 8,2% (que vivem com menos de 3,1 dólares por dia), a desaceleração econômica mundial, em alguns casos acompanhada por uma recessão, coloca essas conquistas em risco.
"Os avanços em desigualdade e redução da pobreza estão ameaçados de ficarem estagnados ou recuarem. As desigualdades aumentaram em 8 países da região", disse em coletiva de imprensa o diretor para América Latina e Caribe da OIT, José Manuel Salazar.
Por isso, a OIT destacou a necessidade de reforçar os programas sociais orientados ao apoio no mercado de trabalho, que "deverão focar na melhoria da qualificação dos trabalhadores".
Essa é uma tarefa na qual que América Latina avança. Em 2013, a região investiu 0,4% do PIB para esse tipo de programa, que beneficiou 21% da população. Em 2000 investiu-se 0,1% do PIB, beneficiando somente 6% da população.
"Os avanços sociais e do mercado de trabalho dependerão da mudança da economia em direção a especializações mais competitivas, de um crescimento mais marcado da produtividade e existência de políticas públicas que promovam essa mudança", detalha o relatório.
Para a organização, esses programas podem ser "um pilar central das políticas sociais e do mercado de trabalho" e têm ainda um alto potencial não explorado.
Segundo a OIT, a ideia é que os programas permitam a atualização constante da qualificação dos trabalhadores, melhorar a qualidade do ajuste entre a oferta e a demanda de trabalho e promover direta ou indiretamente a criação de empregos produtivos.
O emprego na América Latina e no Caribe registrará um pequeno crescimento em 2016; contudo, ainda será marcado pela informalidade, informa a Organização Internacional do Trabalho em um relatório divulgado nesta quarta-feira.
A OIT recomendou que programas sociais se concentrem na especialização de cidadãos para que consigam trabalhos qualificados.
"Espera-se que o crescimento do emprego alcance 1,6% em 2016, enquanto entre 2008 e 2013 a média registrada foi de 2,7%", disse a OIT em seu relatório "Soluções Eficazes: Políticas Ativas do Mercado de Trabalho na América Latina e no Caribe".
De acordo com dados atuais, o desemprego na região subiu 6,9% em 2015, o crescimento dos salários ficou estagnado e se espera que a informalidade se intensifique nos próximos meses para quase 50% da população empregada.
"Na Bolívia, em Honduras e na Nicarágua a proporção do emprego informal continua superando os 70%, enquanto que na Colômbia, no México e no Peru equivale a 50%", detalha o relatório, que considera a informalidade um problema estrutural.
Embora a população com emprego na América Latina e no Caribe tenha crescido de 57,3% para 61% nos últimos 15 anos e a proporção de trabalhadores pobres tenha sido reduzida à metade, de 17,8% a 8,2% (que vivem com menos de 3,1 dólares por dia), a desaceleração econômica mundial, em alguns casos acompanhada por uma recessão, coloca essas conquistas em risco.
"Os avanços em desigualdade e redução da pobreza estão ameaçados de ficarem estagnados ou recuarem. As desigualdades aumentaram em 8 países da região", disse em coletiva de imprensa o diretor para América Latina e Caribe da OIT, José Manuel Salazar.
Por isso, a OIT destacou a necessidade de reforçar os programas sociais orientados ao apoio no mercado de trabalho, que "deverão focar na melhoria da qualificação dos trabalhadores".
Essa é uma tarefa na qual que América Latina avança. Em 2013, a região investiu 0,4% do PIB para esse tipo de programa, que beneficiou 21% da população. Em 2000 investiu-se 0,1% do PIB, beneficiando somente 6% da população.
"Os avanços sociais e do mercado de trabalho dependerão da mudança da economia em direção a especializações mais competitivas, de um crescimento mais marcado da produtividade e existência de políticas públicas que promovam essa mudança", detalha o relatório.
Para a organização, esses programas podem ser "um pilar central das políticas sociais e do mercado de trabalho" e têm ainda um alto potencial não explorado.
Segundo a OIT, a ideia é que os programas permitam a atualização constante da qualificação dos trabalhadores, melhorar a qualidade do ajuste entre a oferta e a demanda de trabalho e promover direta ou indiretamente a criação de empregos produtivos.