Economia

Emergentes devem impulsionar setor de energia eólica, diz instituto

Nos últimos cinco anos, a expansão da energia eólica tem sido extraordinária em alguns países. No ano passado, a energia dos ventos cresceu 910% na Polônia, 138% na Bélgica, 136% na Austrália e 122% no Japão, em relação ao ano 2000. Na Alemanha, nos Estados Unidos, na Espanha e na Dinamarca, líderes mundiais em geração, […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h01.

Nos últimos cinco anos, a expansão da energia eólica tem sido extraordinária em alguns países. No ano passado, a energia dos ventos cresceu 910% na Polônia, 138% na Bélgica, 136% na Austrália e 122% no Japão, em relação ao ano 2000. Na Alemanha, nos Estados Unidos, na Espanha e na Dinamarca, líderes mundiais em geração, os analistas estimam que a indústria de equipamentos eólicos precisa abrir novos mercados para continuar a crescer.

Segundo o Deutches Institut fur WindEnergy (Dewi), países como Brasil, China, Índia e Austrália deverão estimular a expansão do mercado global que hoje movimenta cerca de 8 bilhões de dólares por ano.

A potência e o tamanho das máquinas também estão aumentando. Depois de uma década de centrais integradas por dezenas de aerogeradores de 0,6 megawatt ou 0,4 megawatt, máquinas de 1 megawatt e de 1,8 megawatt estão se tornando comuns. O novo E-112 da Enercon, com hélices de 52 metros de comprimento, é capaz de gerar 4,5 megawatts.

Na Alemanha, o governo alemão está abrindo uma nova fronteira de exploração eólica: a geração off shore, em plataformas eólicas instaladas em alto-mar. Estima-se que até 2010, 2 400 megawatts deverão ser gerados em águas oceânicas européias. O obstáculo a vencer é implantar sistemas estáveis de transmissão submarina da energia até o continente.

Boa parte do crescimento mundial pode ser atribuída ao fato de que os novos moinhos de vento praticamente não geram impactos ambientais. A tecnologia moderna já eliminou o ruído das hélices. A crítica sobre o impacto visual dos paliteiros de aerogeradores é de natureza estética, portanto subjetiva, e é enfraquecida pela disseminação e aceitação das redes de linhas de transmissão.

Uma preocupação são os pássaros: a terra revolvida das usinas atrai ratos, esquilos e animais subterrâneos, que por sua vez atraem pássaros predadores, passíveis de ser atingidos pelas hélices. "Argumentos desse tipo padecem de total falta de foco", diz Goldemberg. Um estudo realizado na usina Altamont Pass, na Califórnia, registrou a morte de 183 pássaros em dois anos. Mas as colisões com vidro nos Estados Unidos geram uma verdadeira hecatombe: 97 milhões de pássaros mortos por ano. Moinhos de vento são bem mais inofensivos.

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