EUA e Rússia: as sanções devem mirar companhias que “lidam com equipamento relacionado a Assad e o uso de quaisquer armas químicas”
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2018 às 05h05.
Última atualização em 16 de abril de 2018 às 07h00.
Uma nova semana, uma nova carga de tensão entre Rússia e Estados Unidos. O primeiro novo golpe deve ser desferido já nesta segunda-feira. A embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas, Nikki Haley, afirmou neste domingo que o país vai impor mais sanções econômicas contra a Rússia.
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O motivo é o apoio de Moscou ao presidente sírio, Bashar al-Assad, e ao aparente uso de armas químicas. Haley disse que as sanções serão anunciadas nesta segunda-feira pelo secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin. Elas devem mirar companhias que “lidam com equipamento relacionado a Assad e o uso de quaisquer armas químicas”.
Em entrevista à rede CBS, Haley afirmou que a Rússia precisa sofrer as consequências por proteger o regime de Assad. No sábado, o presidente americano, Donald Trump, comemorou, pelo Twitter, os ataques aéreos na Síria realizados pelos Estados Unidos em conjunto com a França e o Reino Unido.
A ofensiva foi uma resposta ao suposto uso de armas químicas contra a população síria, por parte do regime do ditador Bashar Assad, que teria matado ao menos 40 pessoas na última semana. “Missão Cumprida!”, afirmou Trump. Segundo o Pentágono, foram atingidas e destruídos três alvos: um centro de pesquisa, um bunker e um armazém de armas químicas.
Por missão cumprida Trump poderia estar se referindo ao fato de ter conseguido uma resposta automática do governo russo, alvo indireto dos ataques.
O presidente russo, Vladimir Putin condenou a ofensiva e passou a cogitar fornecer mísseis ao governo sírio. No domingo, Putin alertou que mais ataques contra a Síria traria “caos”.
Um comunicado do Kremlin afirmou que Putin conversou por telefone com o presidente iraniano, Hassan Rouhani, e que os dois concordaram que os ataques prejudicaram as chances de se chegar a uma solução política para o conflito.
Em sete anos, 500.000 pessoas morreram e milhões deixaram o país. Enquanto Trump e Putin discutem quem pode mais, a população síria segue sofrendo.