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Eletropaulo vê solução breve do governo para custos extras

Companhia espera que solução para os custos extras relacionados à geração térmica e exposição involuntária no mercado de curto prazo seja dada nos próximos dias

Estação de distribuição de energia da AES Eletropaulo: distribuidoras no país arcam no curto prazo com custos relacionados à forte geração termelétrica e somente repassá-los às tarifas nas datas dos reajustes tarifários (Marcos Issa/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 14h18.

São Paulo - A AES Eletropaulo , distribuidora de energia elétrica que atua no Estado de São Paulo, espera que uma solução do governo federal para os custos extras das distribuidoras relacionados à forte geração térmica e exposição involuntária no mercado de curto prazo seja dada nos próximos dias.

"As tarifas das distribuidoras não têm margem para suportar os custos a que hoje estamos assistindo...a gente espera uma solução para esses próximos dias", disse o presidente da Eletropaulo, Britaldo Soares, em teleconferência com analistas nesta quarta-feira.

As distribuidoras de energia do país arcam no curto prazo com custos relacionados à forte geração termelétrica e somente repassá-los às tarifas nas datas dos reajustes tarifários. Além disso, o segmento de distribuição está exposto ao custo de compra de energia de curto prazo, já que está descontratado em cerca de 3,5 mil megawatts médios.

No ano passado, as distribuidoras receberam recursos do governo via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para ajudar a cobrir esses custos. Para este ano, o repasse ainda não foi formalizado e especialistas e agentes do setor esperam, em média, um impacto de cerca 1,5 bilhão de reais por mês no caixa das distribuidoras como um todo.

A Eletropaulo tem uma exposição no mercado de curto prazo de 1,5 por cento em 2014, o que Britaldo diz ser um índice abaixo da média o setor. Mas a empresa também tem seu caixa afetado no curto prazo por esses custos relacionados à forte geração térmica.

"Estamos confiantes que uma solução que faça a cobertura dos custos extras que não estão nas tarifas das distribuidoras será alcançada como foi no ano passado", disse Britaldo.

Sobre a situação dos reservatórios das hidrelétricas, que estão em níveis baixos similares aos de 2001, ano do racionamento de energia, Britaldo disse que caso ocorra uma "situação extrema" de racionamento, todo o setor elétrico será afetado e terá que se reequilibrar.


"É difícil enxergar algum agente saindo de um evento dessa natureza, à semelhança do que vimos em 2001, ileso. Os impactos se propagariam por toda cadeia", disse ele, ao acrescentar que o momento é de pensar um reequilíbrio na oferta de energia do setor e flexibilidade da matriz de geração de energia.

Crescimento de mercado

A Eletropaulo estima que um aumento de 2,5 por cento no mercado total atendido pela empresa em 2014 ante o registrado no ano passado, segundo o diretor vice-presidente e de Relações com Investidores da companhia, Gustavo Pimenta.

Segundo o executivo, o crescimento deve ser puxado principalmente pelas classes residencial e comercial, como resultado da manutenção do crescimento da renda real das famílias e aumento do PIB do segmento de serviços.

Em 2013, o crescimento do mercado total atendido pela companhia --que inclui os clientes do mercado regulado e os livres -- foi de 1,4 por cento ante 2012, puxado principalmente pela classe comercial, que cresceu 3,7 por cento. A classe residencial teve aumento de 1,8 por cento no consumo de energia e a industrial teve retração de 1 por cento.

"Para a classe industrial (2014) também vai ser um ano bastante desafiador", disse Pimenta.

Executivos da Eletropaulo reafirmaram que a redução de custos gerenciáveis pela empresa continua sendo uma prioridade, sendo que em 2013 a empresa apresentou uma redução de 178,1 milhões de reais nesses custos com Pessoal, Material, Serviços e Outros (PMSO) ante a meta inicial de 100 milhões de reais.

A Eletropaulo divulgou na terça-feira à noite que teve um lucro líquido de 198,2 milhões de reais em 2013, ante 55 milhões em 2012. Somente no quarto trimestre, a empresa teve um prejuízo de 73,3 milhões de reais.

Às 13h22, as ações preferenciais da companhia tinham queda de 1,7 por cento, a 7,95 reais, enquanto o Ibovespa subi 0,51 por cento e ações de outras empresas elétricas subiam.

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São Paulo - A AES Eletropaulo , distribuidora de energia elétrica que atua no Estado de São Paulo, espera que uma solução do governo federal para os custos extras das distribuidoras relacionados à forte geração térmica e exposição involuntária no mercado de curto prazo seja dada nos próximos dias.

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As distribuidoras de energia do país arcam no curto prazo com custos relacionados à forte geração termelétrica e somente repassá-los às tarifas nas datas dos reajustes tarifários. Além disso, o segmento de distribuição está exposto ao custo de compra de energia de curto prazo, já que está descontratado em cerca de 3,5 mil megawatts médios.

No ano passado, as distribuidoras receberam recursos do governo via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para ajudar a cobrir esses custos. Para este ano, o repasse ainda não foi formalizado e especialistas e agentes do setor esperam, em média, um impacto de cerca 1,5 bilhão de reais por mês no caixa das distribuidoras como um todo.

A Eletropaulo tem uma exposição no mercado de curto prazo de 1,5 por cento em 2014, o que Britaldo diz ser um índice abaixo da média o setor. Mas a empresa também tem seu caixa afetado no curto prazo por esses custos relacionados à forte geração térmica.

"Estamos confiantes que uma solução que faça a cobertura dos custos extras que não estão nas tarifas das distribuidoras será alcançada como foi no ano passado", disse Britaldo.

Sobre a situação dos reservatórios das hidrelétricas, que estão em níveis baixos similares aos de 2001, ano do racionamento de energia, Britaldo disse que caso ocorra uma "situação extrema" de racionamento, todo o setor elétrico será afetado e terá que se reequilibrar.


"É difícil enxergar algum agente saindo de um evento dessa natureza, à semelhança do que vimos em 2001, ileso. Os impactos se propagariam por toda cadeia", disse ele, ao acrescentar que o momento é de pensar um reequilíbrio na oferta de energia do setor e flexibilidade da matriz de geração de energia.

Crescimento de mercado

A Eletropaulo estima que um aumento de 2,5 por cento no mercado total atendido pela empresa em 2014 ante o registrado no ano passado, segundo o diretor vice-presidente e de Relações com Investidores da companhia, Gustavo Pimenta.

Segundo o executivo, o crescimento deve ser puxado principalmente pelas classes residencial e comercial, como resultado da manutenção do crescimento da renda real das famílias e aumento do PIB do segmento de serviços.

Em 2013, o crescimento do mercado total atendido pela companhia --que inclui os clientes do mercado regulado e os livres -- foi de 1,4 por cento ante 2012, puxado principalmente pela classe comercial, que cresceu 3,7 por cento. A classe residencial teve aumento de 1,8 por cento no consumo de energia e a industrial teve retração de 1 por cento.

"Para a classe industrial (2014) também vai ser um ano bastante desafiador", disse Pimenta.

Executivos da Eletropaulo reafirmaram que a redução de custos gerenciáveis pela empresa continua sendo uma prioridade, sendo que em 2013 a empresa apresentou uma redução de 178,1 milhões de reais nesses custos com Pessoal, Material, Serviços e Outros (PMSO) ante a meta inicial de 100 milhões de reais.

A Eletropaulo divulgou na terça-feira à noite que teve um lucro líquido de 198,2 milhões de reais em 2013, ante 55 milhões em 2012. Somente no quarto trimestre, a empresa teve um prejuízo de 73,3 milhões de reais.

Às 13h22, as ações preferenciais da companhia tinham queda de 1,7 por cento, a 7,95 reais, enquanto o Ibovespa subi 0,51 por cento e ações de outras empresas elétricas subiam.

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