Economia

Eletrobras aprova prazo maior para privatização de distribuidoras

A privatização envolve a Eletroacre, a Ceron, a Amazonas Energia, a Boa Vista Energia, a Ceal e a Cepisa

Sede da Eletrobras: conselheiros se disseram perplexos com a campanha considerada por eles difamatória (Nadia Sussman/Bloomberg)

Sede da Eletrobras: conselheiros se disseram perplexos com a campanha considerada por eles difamatória (Nadia Sussman/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 28 de dezembro de 2017 às 20h30.

SÃO PAULO (Reuters) - Acionistas da Eletrobras aceitaram estender até 31 de julho de 2018 o prazo para a companhia tomar providências para privatização de seis distribuidoras nas regiões Norte e Nordeste, segundo ata de assembleia desta quinta-feira.

O prazo inicial era 31 de dezembro deste ano.

A privatização envolve a Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), a Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), a Amazonas Distribuidora de Energia (Amazonas Energia), a Boa Vista Energia, a Companhia Energética de Alagoas (Ceal) e a Companhia Energética do Piauí (Cepisa).

O governo federal anunciou em agosto projeto para privatizar a Eletrobras até o fim de 2018. O plano envolve a venda das distribuidoras antes, uma vez que essas empresas que atuam em Estados do Norte e Nordeste, são fortemente deficitárias e atrapalhariam o interesse de investidores no negócio.

Fontes disseram à Reuters recentemente que a estatal tem enfrentado dificuldades para venda de suas distribuidoras de energia no primeiro semestre de 2018. Empresa e governo estão correndo atrás de saídas para viabilizar os negócios, evitando problemas para privatização da holding.

Conforme a ata da assembleia, as distribuidoras continuarão a prestar "serviços temporários de distribuição até a efetiva transferência do controle acionário, desde que todos os recursos necessários para operar, manter e fazer investimentos ligados aos serviços públicos da distribuidora sejam providos pela tarifa, pela União ou pelos fundos setoriais".

(Por José Roberto Gomes)

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