Economia

Elétricas terão novo empréstimo de R$ 6,6 bi, diz secretário

Secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Caffarelli, disse que sete bancos serão responsáveis por desembolso de R$ 3,6 bi e o BNDES, por R$ 3 bi


	Energia: secretário assegurou que é "zero" risco de racionamento de energia hoje no Brasil
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Energia: secretário assegurou que é "zero" risco de racionamento de energia hoje no Brasil (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 17h35.

Brasília - O novo empréstimo para as distribuidoras de energia elétrica será de R$ 6,6 bilhões e terá um custo equivalente à CDI mais 2,35% ao ano.

A informação foi dada nesta quinta-feira, 07, pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Caffarelli.

Em entrevista coletiva, ele anunciou que o consórcio será formado por sete instituições financeiras - Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, BTG e Citi, além do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que não participou da primeira operação.

Caffarelli disse que os sete bancos serão responsáveis pelo desembolso de R$ 3,6 bilhões e o BNDES, por R$ 3 bilhões.

O secretário informou que a participação de cada banco será proporcional à primeira operação, que foi de R$ 11,2 bilhões.

Dessa forma, Banco do Brasil e Caixa devem entrar com R$ 750 milhões cada um, considerando que a participação deles no primeiro empréstimo às distribuidoras foi de R$ 2,5 bilhões cada.

"Com isso, queremos desmistificar um pouco a informação de que a Caixa vai entrar com R$ 2,5 bilhões. Nunca foi aventada essa possibilidade. Houve uma confusão com a operação para a Eletrobras", explicou.

A operação anunciada hoje tem prazo de carência até outubro de 2015. Os pagamentos acontecem de novembro de 2015 a novembro de 2017.

O secretário informou também que, além dos sete bancos, mais seis bancos podem entrar na segunda operação de crédito para as distribuidoras.

Três deles já entraram na primeira tranche: JP Morgan, Credit Suisse e Bank of American.

Caffarelli disse que não tem autorização para divulgar o nome dos outros três. Na primeira operação, 10 bancos participaram do consórcio.

"Nessa segunda, poderá chegar a 13 bancos. Esses 6 bancos ainda estão consultando os seus comitês. Esperamos que eles possam vir até o dia 15, quando será feito o desembolso da primeira parcela", disse.

Caffarelli explicou que, se houver a entrada de outros bancos, eles terão que ocupar o espaço das instituições que já confirmaram a participação.

"Os bancos que decidirão se vão ceder espaço", disse. Dessa forma, não haverá aumento no valor de R$ 6,6 bilhões anunciados nesta segunda operação de crédito. Todas as garantias da operação serão assumidas pelos bancos.

O secretário avaliou também que não é possível fazer qualquer ilação de que o novo empréstimo vai trazer inflação em 2014 e 2015.

"O empréstimo não pode ser considerado para análise da inflação. Depende de várias variáveis", afirmou.

Questionado se o custo ao consumidor do repasse para a tarifa do empréstimo começa em fevereiro de 2015, Caffarelli respondeu: "Não necessariamente. A Aneel que vai decidir. Mas pode ser que entre em fevereiro de 2015".

Racionamento

O secretário assegurou, ainda, que é "zero" o risco de racionamento de energia hoje no Brasil.

Ele rebateu rumores que têm sido difundidos de que haveria racionamento no país.

"Gostaria de desmitificar isso. A população às vezes acredita na possibilidade de racionamento, mas o risco é zero. Se trabalharmos com toda a previsão hidrológica e o que já tem em estoque, não há a mínima possibilidade que possamos ter algum tipo de racionamento, mesmo com falta de chuva", atestou o secretário, lembrando que "daqui a pouco entra o período de chuva".

Segundo ele, o mercado de energia elétrica é hoje bem preparado e consegue fazer previsões. Ele reiterou que a área técnica descarta o racionamento.

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