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Efeitos da elevação da Selic vão aparecer, diz Copom

Copom considera que a inflação ainda mostra resistência, mas avalia que os efeitos da elevação da taxa básica de juros, a Selic, ainda vão se materializar

Prédio do Banco Central: Copom aumentou a Selic por 9 vezes seguidas (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 10h47.

Brasília -O Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central (BC) considera que a inflação ainda mostra resistência, mas avalia que os efeitos da elevação da taxa básica de juros , a Selic , ainda vão se materializar.

O Copom aumentou a Selic por nove vezes seguidas, até a reunião de abril e, no mês passado, optou por manter a taxa em 11% ao ano.

O índice é usado nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.

Ao manter a Selic, o comitê indica que considera que as elevações anteriores foram suficientes para gerar os efeitos esperados sobre a inflação.

O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.

Essa meta tem como centro 4,5% e limite superior em 6,5%.

Pelas projeções de instituições financeiras, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 6,47%, bem próxima do teto da meta.

Na ata, o Copom diz que “a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos 12 meses contribui para que a inflação ainda mostre resistência”.

Segundo o comitê, isso ocorre porque há, atualmente, dois “importantes processos de ajustes de preços”: realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais e dos preços administrados em relação aos livres.

“O comitê reconhece que esses ajustes de preços relativos têm impacto direto sobre a inflação e reafirma sua visão de que a política monetária [definição da taxa Selic] pode e deve conter os efeitos de segunda ordem deles decorrentes”.

O comitê lembra que para combater essas e outras pressões inflacionárias houve aumento da Selic, “mas o comitê avalia que os efeitos da elevação da taxa sobre a inflação, em parte, ainda estão por se materializar. Além disso, é plausível afirmar que, na presença de níveis de confiança relativamente modestos, os efeitos das ações de política monetária sobre a inflação tendem a ser potencializados”, acrescenta o Copom, na ata.

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Brasília -O Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central (BC) considera que a inflação ainda mostra resistência, mas avalia que os efeitos da elevação da taxa básica de juros , a Selic , ainda vão se materializar.

O Copom aumentou a Selic por nove vezes seguidas, até a reunião de abril e, no mês passado, optou por manter a taxa em 11% ao ano.

O índice é usado nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.

Ao manter a Selic, o comitê indica que considera que as elevações anteriores foram suficientes para gerar os efeitos esperados sobre a inflação.

O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.

Essa meta tem como centro 4,5% e limite superior em 6,5%.

Pelas projeções de instituições financeiras, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 6,47%, bem próxima do teto da meta.

Na ata, o Copom diz que “a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos 12 meses contribui para que a inflação ainda mostre resistência”.

Segundo o comitê, isso ocorre porque há, atualmente, dois “importantes processos de ajustes de preços”: realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais e dos preços administrados em relação aos livres.

“O comitê reconhece que esses ajustes de preços relativos têm impacto direto sobre a inflação e reafirma sua visão de que a política monetária [definição da taxa Selic] pode e deve conter os efeitos de segunda ordem deles decorrentes”.

O comitê lembra que para combater essas e outras pressões inflacionárias houve aumento da Selic, “mas o comitê avalia que os efeitos da elevação da taxa sobre a inflação, em parte, ainda estão por se materializar. Além disso, é plausível afirmar que, na presença de níveis de confiança relativamente modestos, os efeitos das ações de política monetária sobre a inflação tendem a ser potencializados”, acrescenta o Copom, na ata.

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