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Economistas veem Selic a 10,75% e reduzem PIB a 1,67%

Economistas cravaram as apostas de que a Selic será elevada em 0,25% na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária

Economia: em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto em 2014, a projeção caiu a 1,67 por cento, ante 1,79 por cento (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 09h28.

São Paulo - Economistas de instituições financeiras cravaram as apostas de que o Banco Central reduzirá o passo do aperto monetário ao elevar a Selic em 0,25 ponto percentual nesta semana, mas ao mesmo tempo pioraram suas estimativas tanto sobre o crescimento econômico quanto sobre a inflação .

A pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostrou que a expectativa para a taxa básica de juros em 2014 continua sendo de 11,25 por cento e, para 2015, de 12,00 por cento.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC divulga na próxima quarta-feira a nova Selic, que vem sendo elevada desde abril passado. De lá para cá, ela foi tirada da mínima histórica de 7,25 por cento ao ano para o atual patamar de 10,50 por cento num ritmo de elevação de 0,50 ponto percentual nas últimas decisões.

A expectativa de aumento de 0,25 ponto agora foi reforçada também no mercado futuro de juros, após o governo anunciar nova meta de superávit primário neste ano, a 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), considerada mais crível e com potencial para melhorar a credibilidade do governo.

Pesquisa da Reuters também aponta expectativa de que o BC deve reduzir o ritmo, com 34 de 47 economistas consultados esperando aumento de 0,25 ponto percentual nesta reunião.

Ainda segundo a pesquisa Focus, o Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, ainda vê aperto monetário maior para o ano fechado. A mediana das projeções aponta que a Selic encerrará 2014 a 11,75 por cento e 2015 a 12,25 por cento, sem alterações.

Economia

Para a economia, a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano foi reduzida pela terceira semana seguida, a 1,67 por cento, ante 1,79 por cento na semana anterior.


Para 2015 a expectativa é de expansão de 2,00 por cento, queda de 0,10 ponto percentual.

Outra pesquisa da Reuters mostrou que o Brasil deve ter evitado uma recessão técnica por pouco no final de 2013, mas que a economia deve continuar fraca ao longo deste ano.

Por sua vez as projeções para a inflação continuam sem mostrar sinais de arrefecimento. Para os economistas consultados no Focus, o IPCA deve encerrar este ano a 6,00 por cento, alta de 0,07 ponto percentual sobre a expectativa anterior.

Para 2015, houve manutenção da expectativa em 5,70 por cento. Já a projeção para a inflação nos próximos 12 meses subiu a 6,11 por cento, 0,06 ponto percentual a mais.

Em fevereiro, o IPCA-15 --prévia da inflação oficial do país-- voltou a acelerar ao subir 0,70 por cento, pressionado pela alta sazonal dos preços de Educação, levando a inflação em 12 meses a acumular 5,65 por cento. A meta do governo é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Atualizado às 9h28

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São Paulo - Economistas de instituições financeiras cravaram as apostas de que o Banco Central reduzirá o passo do aperto monetário ao elevar a Selic em 0,25 ponto percentual nesta semana, mas ao mesmo tempo pioraram suas estimativas tanto sobre o crescimento econômico quanto sobre a inflação .

A pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostrou que a expectativa para a taxa básica de juros em 2014 continua sendo de 11,25 por cento e, para 2015, de 12,00 por cento.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC divulga na próxima quarta-feira a nova Selic, que vem sendo elevada desde abril passado. De lá para cá, ela foi tirada da mínima histórica de 7,25 por cento ao ano para o atual patamar de 10,50 por cento num ritmo de elevação de 0,50 ponto percentual nas últimas decisões.

A expectativa de aumento de 0,25 ponto agora foi reforçada também no mercado futuro de juros, após o governo anunciar nova meta de superávit primário neste ano, a 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), considerada mais crível e com potencial para melhorar a credibilidade do governo.

Pesquisa da Reuters também aponta expectativa de que o BC deve reduzir o ritmo, com 34 de 47 economistas consultados esperando aumento de 0,25 ponto percentual nesta reunião.

Ainda segundo a pesquisa Focus, o Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, ainda vê aperto monetário maior para o ano fechado. A mediana das projeções aponta que a Selic encerrará 2014 a 11,75 por cento e 2015 a 12,25 por cento, sem alterações.

Economia

Para a economia, a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano foi reduzida pela terceira semana seguida, a 1,67 por cento, ante 1,79 por cento na semana anterior.


Para 2015 a expectativa é de expansão de 2,00 por cento, queda de 0,10 ponto percentual.

Outra pesquisa da Reuters mostrou que o Brasil deve ter evitado uma recessão técnica por pouco no final de 2013, mas que a economia deve continuar fraca ao longo deste ano.

Por sua vez as projeções para a inflação continuam sem mostrar sinais de arrefecimento. Para os economistas consultados no Focus, o IPCA deve encerrar este ano a 6,00 por cento, alta de 0,07 ponto percentual sobre a expectativa anterior.

Para 2015, houve manutenção da expectativa em 5,70 por cento. Já a projeção para a inflação nos próximos 12 meses subiu a 6,11 por cento, 0,06 ponto percentual a mais.

Em fevereiro, o IPCA-15 --prévia da inflação oficial do país-- voltou a acelerar ao subir 0,70 por cento, pressionado pela alta sazonal dos preços de Educação, levando a inflação em 12 meses a acumular 5,65 por cento. A meta do governo é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

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