Economia

Economistas veem mais chances de recessão nos EUA em 12 meses

A taxa de expansão média na maior economia do mundo seria de 2,3% este ano, abaixo do ritmo de 2,5% previsto em uma pesquisa de julho

EUA: na semana passada, Trump anunciou novas tarifas sobre produtos chineses importados, programadas para entrar em vigor em 1º de setembro (David Paul Morris/Bloomberg)

EUA: na semana passada, Trump anunciou novas tarifas sobre produtos chineses importados, programadas para entrar em vigor em 1º de setembro (David Paul Morris/Bloomberg)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 10 de agosto de 2019 às 08h00.

Última atualização em 10 de agosto de 2019 às 08h00.

A probabilidade de uma recessão nos Estados Unidos nos próximos 12 meses subiu para 35% em um levantamento realizado em agosto com economistas, em relação aos 31% da consulta anterior, um reflexo da escalada das tensões comerciais que aumentam as incertezas sobre o rumo da economia.

A taxa de expansão média na maior economia do mundo seria de 2,3% este ano, abaixo do ritmo de 2,5% previsto em uma pesquisa de julho. O PIB deve desacelerar para um ritmo anualizado de 1,8% no terceiro trimestre em relação aos 3,1% nos três primeiros meses do ano e de 2,1% no segundo trimestre.

"As tensões comerciais estão desnecessariamente sacudindo os mercados financeiros, o que poderia desestabilizar uma economia estável", disse Parul Jain, estrategista-chefe de investimentos da Macrofin Analytics em Wayne, Nova Jersey, em comentários incluídos na pesquisa.

Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou novas tarifas sobre produtos chineses importados, programadas para entrar em vigor em 1º de setembro, o que derrubou os mercados ação globais.

O índice de ações S&P 500 acumula queda de mais de 3% desde 31 de julho, dia em que o Federal Reserve cortou as taxas de juros pela primeira vez desde 2008, para um intervalo de 2% a 2,25%, em uma tentativa de dar continuidade ao crescimento econômico.

Economistas anteciparam o próximo corte dos juros pelo Fed de dezembro para setembro e agora esperam uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa de referência, para um intervalo de 1,75% a 2%, na próxima reunião, segundo a pesquisa.

As previsões de crescimento global para 2019 também foram reduzidas, de 3,3% para 3,2%.

A pesquisa da Bloomberg foi realizada entre os dias 2 e 7 de agosto.

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