Economia

Economistas pioram projeção de inflação de 2015 a 6,56%

Pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda mostrou que a projeção para o IPCA de 2015 foi 0,03% a mais do que no levantamento anterior


	Pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda mostrou que a projeção para o IPCA de 2015 foi 0,03% a mais do que no levantamento anterior
 (Gregg Newton/Bloomberg)

Pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda mostrou que a projeção para o IPCA de 2015 foi 0,03% a mais do que no levantamento anterior (Gregg Newton/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2015 às 08h30.

São Paulo - Economistas de instituições financeiras elevaram a projeção para a inflação neste ano, piorando o estouro da meta, diante de uma economia com perspectiva de crescimento menor.

Pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostrou que a projeção para o IPCA de 2015 foi a 6,56 por cento, 0,03 ponto percentual a mais do que no levantamento anterior.

Para 2014 a projeção teve ligeiro ajuste a 6,39 por cento, contra 6,38 por cento. A inflação do ano passado será conhecida na sexta-feira, quando o IBGE divulgará o IPCA de dezembro. A meta do governo é de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Já a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano caiu em 0,05 ponto percentual, a 0,50 por cento. Para 2014, a expectativa é de crescimento de 0,15 por cento, contra 0,14 por cento anteriormente.

Sobre a Selic, o Focus mostrou que a perspectiva continua sendo de que a taxa básica de juros, atualmente em 11,75 por cento, termine este ano a 12,50 por cento.

Para o dólar, que fechou 2014 em alta de quase 13 por cento ante o real, a 2,6587 reais, especialistas consultados mantiveram a projeção de que encerrará este ano a 2,80 reais.

Inflação alta, juros elevados, crescimento baixo e contas públicas em deterioração é o cenário que o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy terá de enfrentar.

Com perfil mais ortodoxo, ele já anunciou nova meta de superávit primário para este ano, equivalente a 1,2 por cento do PIB, e disse que é preciso coragem para fazer as mudanças necessárias. (Por Camila Moreira)

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